A melanina é um tipo de proteína produzido nos melanócitos a partir
de um aminoácido essencial chamado tirosina. É essa proteína a principal
responsável por colorir a pele e pelos
dos seres humanos, além de proteger o DNA das células contra a radiação
ultravioleta emitida pelo sol.
A presença da melanina no organismo
não está restrita à pele, também pode ser encontrada na retina, íris e
orelha interna.
Existem dois tipos principais de
melanina: a eumelanina e feomelanina. A primeira apresenta uma
coloração que varia do negro ao castanho, além de possuir um alto peso molecular
e capacidade de dispersar a luz ultravioleta. Já a feomelanina apresenta
coloração que varia do vermelho ao amarelo.
Quando somos expostos ao sol,
observamos o escurecimento da nossa pele, ocorrência que é uma forma de
proteger o nosso ADN. Nesse momento, observa-se uma produção aumentada de um
tipo de melanina denominado de melanina facultativa. A melanina
facultativa só é produzida quando ocorre exposição aos raios ultravioleta. Em
contrapartida, existe um tipo de melanina que é produzido graças à ação dos
nossos genes: a melanina construtiva. Diante disso, é fácil
compreender que o bronzeado é conseguido graças à produção de melanina
facultativa, enquanto a nossa cor real de pele é o resultado da melanina
construtiva.
Ninguém é melhor que o outro por ser mais “claro” ou mais “escuro”, a sociedade “impingiu” estigmas que nós temos que combater. Mais de 60% dos portugueses manifestam crenças racistas, diz um estudo do European Social Survey. A ONG SOS Racismo sugere medidas estruturantes para combater o racismo em Portugal, sobretudo na educação e na justiça.
A realidade é que as pessoas
“brancas” continuam a ter mais privilégios do que as pessoas “negras”, estes
são alguns exemplos:
- A justiça é mais dura nas pessoas
de pele mais escura
- Os senhorios privilegiam o aluguer
de casas a pessoas brancas
- As entidades empregadoras evitam contratar pessoas negras
“Quando colocamos crianças e jovens
afrodescendentes a falar sobre o racismo nas escolas, apercebemo-nos de que não
se queixam nem de diferenças de tratamento da parte dos professores ou do
pessoal não docente, nem tão pouco de um currículo racista. Ao contrário do que
certos académicos ou ideólogos por vezes nos querem fazer crer, estes não são
os motivos habituais de queixa das vítimas do racismo na escola. Do que se
queixam, isso sim, é dos comportamentos racistas de alguns colegas.” (António
Duarte, blogue “Escola Portuguesa”).
Deixamos aqui o link de um vídeo de uma entrevista do comediante Diogo Faro a Nuna (https://www.youtube.com/watch?v=kPRtvkP-ohk) - parece-nos irrealista que em pleno século XXI exista um código em algumas lojas que é ativo quando uma pessoa negra entra para fazer compras. Vejam, é muito interessante e faz-nos pensar em aspetos relacionados com o Racismo em que antes nunca tínhamos imaginado!!
Não devíamos viver num mundo em que uma pessoa é julgada pela cor da pele, algo que ela própria não pode controlar. Um em cada 73 cidadãos dos PALOP está preso. É dez vezes mais do que a proporção que existe para os portugueses.
O ano de 2020 foi um ano de revolução
no que toca ao combate ao racismo, todos vocês devem ter visto as notícias de
um cidadão americano (George Floyd) que foi violentamente assassinado,
asfixiado com o joelho, pela polícia.
Agora que já percebeste como funciona a melanina e como ela afeta todos os tons de pele, será que o racismo e a discriminação pela cor da nossa pele fazem sentido?
Existem algumas fundações que tentam
combater o racismo, podes procurar mais informações nos sites deles:
https://www.sosracismo.pt/apresentacao
https://blacklivesmatter.com/about/
“Todos exigimos e queremos respeito, homem ou mulher, negro ou branco. É um direito humano básico.”
Aretha Franklin
Webgrafia:
https://www.biologianet.com/histologia-animal/melanina.htm
https://acervo.publico.pt/racismo-a-portuguesa
https://escolapt.wordpress.com/2017/10/30/racismo-nas-escolas-portuguesas/
Artigo elaborado por Beatriz Lourenço (Aluna de Enfermagem), sob a supervisão dos Enfermeiros da UCC Grei Águeda
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