sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Diz não ao Sedentarismo!

 

O Sedentarismo é inimigo da saúde do coração.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o sedentarismo diz respeito à ausência ou insuficiência de atividade física.

Uma pessoa é considerada sedentária quando gasta menos de 2200kcals com atividade ao longo de uma semana.






O sedentarismo não provoca apenas a obesidade. A inatividade física é um dos maiores fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardíacas. 

Neste contexto, Portugal faz parte dos países com menores índices de atividade física da Europa, tornando a população portuguesa muito exposta aos riscos das doenças cardiovasculares.












Contrariamente ao que possas pensar, não existe apenas na idade adulta, mas em idades mais jovens, como na tua, por isso hoje vamos falar-te concretamente do sedentarismo infantil!












Quais as Causas do Sedentarismo Infantil? Ou seja, o que te leva a não brincares em movimento? Ir para a rua, parque ou jardim da tua casa e jogares à bola, às escondidas, saltares à corda, …

Será porque…

·         Em tua casa, na tua família ninguém pratica uma atividade física?

·         Não tens incentivo para praticares atividade física por parte da tua família e amigos?

·         Preferes estar sossegado no teu canto e a aproveitar a tecnologia atual?

Qualquer que tenha sido a tua resposta, existe sempre forma de equilibrar e de usufruir de ambas as coisas. Queres saber como?





















Pequenas mudanças de hábito podem fazer a diferença para o teu o bem-estar e saúde! Por isso, inclui na tua rotina exercícios diariamente e uma alimentação saudável!

 

A prática de atividade física diminui o risco cardiovascular, para além de manter a saúde e o bem-estar físico e psíquico. Podes praticar uma atividade física, sem praticares desporto. Com um conjunto de medidas simples é possível aplicar, no teu dia-a-dia, exercício físico para manter o corpo a funcionar de forma saudável. Para relembrares clica aqui!


Webgrafia:

http://www.fpcardiologia.pt/saude-do-coracao/factores-de-risco/sedentarismo/

https://imdicardiocenter.com.br/sedentarismo-e-inimigo-da-saude-do-coracao/

 




segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Não Fumar…o teu pulmão agradece!

 

Parar de fumar pode multiplicar células saudáveis dos pulmões

Já deves saber quais os benefícios de deixar de fumar. O que talvez ainda não saibas é que estes se estendem até à saúde do próprio pulmão….



Até aqui, as mutações que conduzem ao cancro do pulmão eram consideradas permanentes e persistentes, mesmo após a pessoa abandonar o cigarro.


Como se desenvolve o Cancro do Pulmão?











Mas… Um estudo realizado, revela que há um conjunto de células dos brônquios que recupera até níveis normais de mutações, quando uma pessoa deixa de fumar, podendo assim “regenerar” o pulmão!

Os pulmões têm uma capacidade quase "mágica" de reparar alguns danos causados ​​pelo cigarro — mas se se deixar de fumar!

















A conclusão é que parar de fumar - em qualquer idade - não apenas diminui os danos das células do pulmão, mas também pode renovar células que já haviam sido danificadas pelo tabaco.

Agora, como elas se autorregeneram, isso ainda é um mistério para a ciência…

 

Webgrafia:

https://www.bbc.com/portuguese/geral-51309542




Dia Nacional do Surdo

 











































quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Por que não me consigo lembrar dos meus primeiros anos de vida?

 

Faz um esforço e pensa: qual é a primeira lembrança que tens de ti? E quantos anos tinhas nessa altura?

 

É provável que as recordações sejam de quando tinhas 3 ou 4 anos de idade no máximo… Porque não te lembras de nada antes dessa altura, perguntas tu?














No entanto, os idosos muitas vezes lembram-se de situações que aconteceram há dezenas de anos.

Como é possível eles lembrarem-se de memórias de há vários anos atrás e os jovens/adultos não se lembrarem dos seus primeiros anos de infância?
















De acordo com estudos, não nos lembramos de coisas que envolvam um conceito específico até entendê-lo. Ou seja: uma memória que envolva uma bicicleta pode existir quando somos muito novos, mas memórias ligadas a conceitos mais abstratos (ex: insatisfação, desagrado) não existem antes dos 5 anos, dado que até esta idade, não codificamos este tipo de memórias, dado que não temos ainda capacidade de associar conceitos linguísticos mais abstratos.

Para além disso, sabemos que a região do cérebro conhecida como hipocampo é chave para codificar e armazenar a memória episódica, e o hipocampo não amadurece até uma fase posterior da infância.

Tudo isso afeta a capacidade do cérebro de reter essas primeiras recordações.

Durante os primeiros anos de vida de uma criança, a neurogénese (formação de novos neurónios) ocorre intensamente, algo que não se verifica naturalmente na idade adulta, daí ser tão difícil curar doenças neuro degenerativas, como a Doença de Alzheimer.

Contudo, a neurogénese pode ser a responsável por não termos lembranças dos primeiros anos de vida. Cientistas acreditam que a formação intensa de novos neurónios pode afetar as memórias da criança.








Mas…como explicar as memórias anteriores a essa idade?










 Este tipo de memórias são designadas de memórias fictícias - a pessoa cria uma imagem mental do carrinho, e, aos poucos, isso transforma-se em algo que ela experimenta como uma memória, baseado no que a mãe disse e algum outro fragmento de memória.

Isso não significa que as pessoas que dizem lembrar-se de fatos do início das suas vidas estejam a mentir: alguns elementos da nossa memória são verdadeiros, mas é muito possível que tenhamos acrescentado informações ao longo das nossas vidas.

 

Para perceberes melhor…nós recordamo-nos de experiências com pessoas que não podiam estar presentes em determinados momentos. Lembramo-nos, por exemplo, de umas férias em família, e a nossa memória genérica inclui todos os nossos irmãos, ainda que um deles não estivesse. Acontece isto com todos nós!!

No entanto, não podemos ter a certeza de que essas memórias sejam falsas, podem existir exceções. Mas, a probabilidade de que não sejam verdadeiras é muito alta!!

Então, não podemos confiar na nossa memória?

Em termos gerais, podemos! Mas quando nos lembramos de momentos muito específicos, é inevitável que existam detalhes que não sejam 100% precisos.


 

Mas isso não importa: a memória não é importante porque é precisa. A memória é o que nos faz ser quem somos e nos conecta aos outros.

As recordações que temos são as que precisamos para existir!

 






Webgrafia:

https://www.bbc.com/portuguese/geral-39477636

https://socientifica.com.br/por-que-nos-nao-temos-lembrancas-dos-primeiros-anos-da-vida/









quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Literacia em Saúde Mental

 






Adolescentes e jovens, a maior parte do vosso dia é passado na escola, logo as ações de promoção da saúde mental e de educação para a saúde mental devem ser realizadas o mais possível nesse contexto. Estas ações têm demonstrado ser eficazes quando são ancoradas no pilar que é a literacia em saúde mental. Na vossa faixa etária, o reduzido nível de literacia em saúde mental é responsável pela perpetuação do estigma, agravamento dos sintomas, adiamento da procura de ajuda profissional, agravado ainda mais nos adolescentes e jovens com reduzido nível de interação com o sistema de saúde.

Como sabes, o conceito de literacia em saúde advém de um conceito mais limitado de literacia, que em língua portuguesa, é a capacidade de ler e escrever. Este conceito tem sido aplicado em diversas áreas e é veiculado pela comunicação social quando se refere ao conhecimento sobre diferentes matérias.









Mas, não é do teu conhecimento que a expressão “literacia em saúde” foi utilizada pela primeira vez por Scott Simonds, em 1974, descrevendo este conceito associado à educação para a saúde, não estando ligado ao nível de habilitação literária de cada um. Mais tarde, na década de 90 do século XX, o governo da Austrália veio definir objetivos de saúde utilizando o conceito de literacia em saúde da sua população, ou seja, promover a saúde e educar a população para a saúde, para que esta pudesse tomar as decisões mais adequadas a este nível.




















































Ao melhorarmos o acesso dos indivíduos/adolescentes à informação sobre saúde, e a sua capacidade para a usar de forma eficaz, conseguimos capacitar as populações para agir em prol da sua saúde e da saúde das suas comunidades.

O aumento da literacia em saúde mental não vai apenas facilitar a adoção de estilos e condições de vida saudáveis, mas também permitir o correto uso dos serviços de saúde e a adesão a regimes terapêuticos prescritos.
























No primeiro nível, o funcional, o indivíduo tem competências suficientes para ler e escrever, conseguindo funcionar eficazmente no seu dia-a-dia. Neste primeiro nível, o indivíduo conseguirá ler informação escrita (ex.: rótulos de medicamentos), perceber a informação que lhe é dada pelo profissional de saúde e seguir indicações terapêuticas. Estas ações resultam no benefício individual.

No nível interativo, o indivíduo tem aptidões cognitivas e de literacia mais avançadas que são utilizadas para participar nas atividades do dia-a-dia, extraindo e aplicando nova informação. O indivíduo poderá agir autonomamente com base no conhecimento que adquiriu, mas os benefícios continuarão a resultar em benefícios individuais.

O terceiro nível (critico) engloba as competências cognitivas mais avançadas que, em conjunto com as aptidões sociais, serão aplicadas para analisar de forma crítica a informação, podendo esta ser utilizada para exercer maior controlo sobre os acontecimentos e situações da vida. A literacia em saúde crítica trará benefícios ao nível comunitário, uma vez que tem como objetivo a facilitação do desenvolvimento comunitário, permitindo ao indivíduo não só agir a nível individual, como também comunitário.

Nestes três níveis de literacia em saúde, o indivíduo está num crescendo, numa progressiva autonomia. No primeiro nível tem um desempenho passivo, no segundo nível um desempenho ativo e no terceiro nível um desempenho pró-ativo.





















O aumento da literacia em saúde tem o potencial de influenciar não só os indivíduos, mas também a sua comunidade.  Capacitar os indivíduos para alteração dos comportamentos, no que concerne à sua saúde mental, originando melhores resultados em saúde.

A literacia em saúde mental, dentro do conceito mais amplo de literacia em saúde, merece ser considerada, devido à elevada prevalência das perturbações mentais, estimando a OMS (2001) que 10 a 20% das pessoas sofra de pelo menos uma doença mental, ao longo da sua vida.

O conceito de literacia em saúde mental como os conhecimentos e crenças acerca das perturbações mentais que ajudam no seu reconhecimento, gestão e prevenção. Os componentes dentro do conceito de literacia em saúde mental, são:

Ø  A capacidade de reconhecer perturbações específicas ou diferentes tipos de sofrimento psicológico;

Ø   Conhecimentos e crenças sobre fatores de risco e causas;

Ø  Conhecimentos e crenças sobre intervenções de autoajuda;

Ø  Conhecimentos e crenças sobre ajuda profissional disponível;

Ø   Atitudes que facilitam o reconhecimento e a procura de ajuda apropriada;

Ø  Conhecimentos sobre como procurar informação sobre saúde mental. 

Depreende-se que uma literacia em saúde mental reduzida irá não só impedir o reconhecimento precoce das perturbações mentais como a depressão, bulimia nervosa, ansiedade generalizada, stress, consumo de substâncias psicoativas (como álcool, tabaco e outras drogas), influenciar o comportamento de procura de ajuda e o acesso aos tratamentos profissionais mais adequados, como também perpetuar o estigma face aos doentes mentais.

As três grandes áreas de intervenção de educação para a saúde são:

 




















A educação para a saúde na escola assume especial relevância dado que é na fase da infância e, particularmente, da adolescência que os indivíduos adquirem os comportamentos de saúde que se prolongam para a vida adulta.

A comunicação em saúde é um dos atributos intrínsecos à literacia em saúde. Esta comunicação não é apenas a comunicação estabelecida entre o paciente e o profissional de saúde, podendo assumir várias formas, como a televisão ou a internet. As novas tecnologias assumem um papel importante na divulgação de informação, também em saúde.

A escola é assim um local privilegiado para a realização de sessões de educação para a saúde, uma vez que é o local onde vós adolescentes e jovens passam a maior parte do dia.

Os programas educativos devem incorporar a educação e promoção da saúde mental, como forma de educar não só em saber, mas também em valores e em formação cívica, difundindo a aquisição de competências e o aprender ao longo da vida, promovendo a autonomia do indivíduo.

A redução das atitudes estigmatizantes, embora seja um objetivo presente na maioria dos estudos que visam o incremento da literacia em saúde mental, é difícil de alcançar uma vez que os jovens são influenciados também pelas suas experiências pessoais, atitudes familiares, campanhas de sensibilização a que são expostos e familiaridade com pessoas com doença mental.















A literacia em saúde mental quer seja de cariz individual ou universal, através da internet (blog, noticias, podcast ou outras fontes de informação) bem como de sessões práticas na comunidade escolar ajuda a reduzir o estigma, aumenta o conhecimento e promove atitudes mais positivas.


BIBLIOGRAFIA:

Almeida, T. P. P. de. (2015). Literacia em Saúde Mental: Conhecimentos, Estigma e Preconceito numa Amostra de Adolescentes da Região Centro de PortugaInstituto Politécnico de Viseu Instituto Politécnico de Viseu. 70.

Loureiro, L. M. (2016). Literacia em saúde mental acerca da depressão e abuso de álcool de adolescentes e jovens Portugueses. Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social, 2(2), 2–11. https://doi.org/10.7342/ismt.rpics.2016.2.2.33

Pedreiro, A. (2013). Literacia em Saúde Mental de Adolescentes e Jovens sobre Depressão e Abuso de Álcool.

Rosa, A., Loureiro, L., & Sequeira, C. (2019). Literacia em saúde mental sobre depressão: Um estudo com adolescentes portugueses. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, 21. https://doi.org/10.19131/rpesm.0236  


Sofia Manuela Condesso Quelhas, Discente do 4º Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem Saúde Mental e Psiquiatria