terça-feira, 24 de outubro de 2017

Adolescência e Saúde Mental

As problemáticas na área da saúde mental têm vindo a ser cada vez mais frequentes e mais perturbadoras do dia-a-dia, tanto individualmente como em grupo (família, equipa, sociedade). Há uma fase do desenvolvimento particularmente vulnerável a estas problemáticas: a adolescência (por definição, “tornar-se adulto”). Por si só, uma fase de instabilidade, de mudança… uma crise! Sim, uma crise! Mas uma crise desejável!

Não há outra forma (saudável!!) de ultrapassar a confusão de identidade própria desta altura. Por paradoxal que pareça, se não existir crise (se o adolescente aparentar híper adaptabilidade nas diferentes áreas da sua vida, correspondendo sempre ao esperado), poderá ser sinal de alerta e de que algo não está a decorrer da forma mais saudável (mentalmente).

Não quer isto dizer que a adolescência é um problema!!


Crise ≠ Problema


É sim a procura de várias soluções. Uma fase que se supõe criativa, de forma a explorar respostas variadas a cada novo desafio, em vez de dar sempre a mesma resposta a todas as situações novas.
Perguntas como “quem sou?”, “para onde vou?”, “como vai ser a minha vida?”, “a que grupo pertenço?”, “com quem me identifico?”, “em que valores acredito?”

Perante um turbilhão de informações, de dúvidas, de alterações físicas, de mudanças constantes da percepção do mundo o adolescente vai oscilando entre inquietação, incerteza, confusão, excitação, inibição, fascínio pela descoberta, criatividade, curiosidade, apelo à exploração, impulso para comportamentos de risco dos quais tantas vezes não sabem as consequências… há muitas vezes simultaneamente uma sensação “mágica” de controlo sobre todas as coisas, que faz parte do desafio de conhecer o mundo e da omnipotência para dominar.

Para um adolescente, pode ser difícil continuar a sentir-se o mesmo ao longo das sucessivas mudanças fisiológicas e psíquicas que ocorrem na sua vida.

Sociedade versus Saciedade


Se a sociedade, mais madura, reconhece estas características da adolescência, tem responsabilidade e o dever de se disponibilizar para proporcionar uma crise com o mínimo de danos possível. Promover formas de saciar a curiosidade, diminuir os factores de risco e aumentar os factores protectores de um desenvolvimento mental saudável.

Claro que estas categorias estão interligadas e constituem uma constelação de factores, características pessoais, familiares, culturais, legais, etc, etc…
Neste sentido, promovendo a saciedade acerca da saúde mental, fica uma sugestão de pesquisa: literacia em saúde mental (como forma de estimulação cognitiva).

Sabendo que há ampla divulgação dos factores de risco, e numa perspectiva de promoção positiva, estas são algumas propostas para viver esta crise:

Boa autoestima (identificar características positivas de si)

Capacidade de lidar com stress (treinar situações que sejam tidas como stressantes)

Prática de exercício físico (que seja prazeroso, mais do que uma vez por semana)

Hábitos de sono (descobrir qual o número mínimo de horas tem de dormir para acordar sem sono)

Tolerância (perante um dilema cultural, ético, desportivo ou familiar, tentar colocar-se “nos sapatos” do outro e procurar uma resposta a esse dilema, quer “nos seus sapatos” quer “nos sapatos do outro”)

Estimulação cognitiva (um caderno personalizado onde escrever descobertas, curiosidades, novos conhecimentos)

Alimentação variada (cozinhar e provar uma novidade gastronómica saudável, pelo menos uma vez por semana)

Ocupação de tempos livres (ocupar é diferente de preencher todos os tempos!!... e se são livres… são um chamariz ao lado criativo!!.. não fazer nada é importante… e experimentar ocupações novas também. Que tal explorar uma actividade desconhecida por mês?)

Confidente (alguém de confiança a quem se pode recorrer para partilhar qualquer assunto; nem sempre é o melhor amigo)

Grupos de pertença (são conjuntos de pessoas com quem partilhar ideais, gostos, actividades culturais, desporto… pertencer a mais do que um!!)

Reforçando a ideia da responsabilidade da sociedade perante a necessidade de saciedade do adolescente, há que dar suporte às redes de pares, às redes familiares e às redes socias, de modo a que se constituam como incubadoras, facilitadoras quer da percepção de limites quer do encorajamento para alargar horizontes.

De modo a proporcionar o desenvolvimento da autonomia e da identidade, o adolescente, beneficia de um ambiente familiar que promova e valorize as suas escolhas e o autocontrolo, em vez de um ambiente conformista e que obrigue à obediência da autoridade.


Referências Bibliográficas:
https://felizmente.esenfc.pt/felizmente/


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Ser Gago...




Para ti o que é a gaguez?




Segundo a OMS, a Gaguez "é uma perturbação no ritmo de fala, no qual os indivíduos sabem com precisão o que querem dizer, mas podem sentir dificuldade devido a paragens involuntárias (repetições, prolongamentos ou bloqueios de sons).


Nem todas as pessoas gaguejam do mesmo modo. Para além dos comportamentos principais da gaguez, existem outros tipos de comportamentos:


Algumas curiosidades

- Estudos indicam que o aparecimento surge entre os 2 e os 7 anos

- A proporção entre homens e mulheres é aproximadamente 4:1

- Aristóteles, Darwin e Isaac Newton também eram gagos

- A gaguez é involuntária



                                       


O que podes fazer para ajudar alguém que é gago?


💬 Valoriza o que a pessoa diz e não a forma como o diz

💬Dá-lhe tempo para se expressar, evitando completar as suas frases

💬Evita comentários tais como: "fala mais devagar;"pensa antes de falar"

💬Quando quiseres interromper, fá-lo só no final,nunca no início ou no meio da frase

💬Evita causar situações de stress

💬Não faças muitas perguntas; em alternativa, deixa que fale dos acontecimentos de forma espontânea

💬Fala com calma e demonstra um comportamento paciente e não de pena

💬Inclui-a nos jogos, atividades, mas não a deixes para o fim, porque essa atitude pode aumentar-lhe a ansiedade e o medo



NUNCA é tarde para tratar a Gaguez! Se apresentas alguma destas característica ou conheces alguém que apresente, consulta um TERAPEUTA DA FALA 
         Fornece as estratégias necessárias para minimizar a Gaguez





Bibliografia:
www.gaguez-apg.com/


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Dia da Paralisia Cerebral



Sabias que...


Em cada 1000 crianças que nascem, 2 podem sofrer de paralisia cerebral.


Em Portugal são cerca de 20 mil pessoas que vivem com paralisia cerebral, registando-se 200 novos casos por ano.

A Paralisia Cerebral não é uma doença, não é contagiosa.


A pessoa com Paralisia Cerebral tem inteligência normal, a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória.






                                                     CAUSAS
  • Problemas cerebrais devido a infeções na gravidez
  • Bebés prematuros ou com baixo peso
  • Asfixia, traumatismo craniano
























Como podes ajudar um colega teu com Paralisia Cerebral?

Sê natural com ele, não o trates com indiferença ou desrespeito;
- Adapta-te ao seu ritmo
- Se não compreenderes o que diz, pede-lhe para repetir
- Ajuda-o no que ele necessita
- Valoriza as suas potencialidades





Bibliografia:

www.fappc.pt/




segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Pequeno- Almoço e Lanches Saudáveis



Os números da obesidade infantil, em Portugal, são assustadores, pelo que é importante garantir que, desde cedo, se faça uma alimentação saudável.









CONSEQUÊNCIAS DE NÃO COMER
COMPOSIÇÃO ADEQUADA


Para que o teu Pequeno-Almoço e Lanche sejam saudáveis, deixamos-te aqui algumas sugestões!

























































Bibliografia

www..apn.org.pt

                           Drª Cecília (Nutricionista do Centro de Saúde de Águeda)

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

“Tristes os que pensam que velhice é defeito”


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a proporção de pessoas acima de 60 anos está a crescer rapidamente em todo o mundo, sendo que, nos próximos 25 anos, poderá ultrapassar o dobro dos jovens. 

Envelhecimento  
          Segundo a Direção Geral da Saúde (DGS), consiste num processo de                               " deterioração endógena e irreversível das capacidades funcionais do organismo.".
Processo de Envelhecimento


O processo de envelhecimento pode ser classificado de dois modos:
  • Senescência ou Envelhecimento Fisiológico - mudanças causadas pela idade. 
  • Senilidade ou Envelhecimento Patológico - resulta das doenças que surgem, assim como dos fatores ambientais.

   
      Por muito tempo, a imagem do idoso foi a de alguém que ocupava um lugar de RESPEITO na sociedade e na família, distinguindo-se pela sua vivência e sabedoria. 

   



     Contudo, e cada vez mais, a palavra "VELHO" é vista como um termo depreciativo e preconceituoso, nomeadamente entre as gerações mais jovens. 
Como os jovens definem o "Velho"
     
O que se pode observar é que, embora quase todos os jovens defendam que é possível ser feliz nesta fase da vida, quando desafiados a imaginarem a sua própria velhice revelam desconforto e dificuldade. 


Para alguns dos idosos, o período inicial da reforma reveste-se de preocupação, choque e stresse. Contudo, abandonar uma profissão não tem necessariamente de significar o fim de uma vida ativa. 


Envelhecimento Ativo 

Como podes promover um Envelhecimento Ativo e Saudável?
  • Promover a proximidade do idoso com a família e amigos;
  • Incentivar a participação em eventos sociais;
  • Ajudar o idoso no acesso aos cuidados de saúde;
  • Proporcionar bem-estar, alegria e amor;
  • Incentivar a participação em Universidades Seniores; 
  • Organizar atividades com os teus avós.


        Embora percebamos na nossa sociedade uma mudança na maneira de encarar a velhice, ainda podemos afirmar que a identidade do velho continua marcada por perdas e ônus, o que permite afirmar "tristes os que pensam que velhice é defeito". 



Bibliografia:

Realizado por: 
Carina Costa, aluna do 4º ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro, com a colaboração e orientação dos enfermeiros da UCC Grei.