terça-feira, 11 de agosto de 2020

Religião...Praticar ou Não?


A Juventude é marcada por imensas transformações.
É onde surgem imensas dúvidas e incertezas, onde se questiona o porquê das coisas e a nossa identidade!
É uma fase de novas experiências, onde assume principal importância o nosso grupo de amigos, em prol da família.

No entanto, a família assume-se como a primeira e a principal responsável na transmissão de valores - valores esses ensinados desde a infância - e que influenciam diretamente na contrução da  tua identidade, refletindo-se na tua personalidade futura, nas tuas escolhas e tomadas de decisão!

Entre os valores familiares, são transmitidos os valores religiosos, onde a "herança religiosa" se vai transmitindo de geração em geração (ex: és católico porque a tua família também é, porque aprendes desde cedo as vivências dos teus pais, vendo neles o exemplo a seguir. Foram os valores relativos a esta religião que te foram transmitidos; o mesmo se aplica a qualquer outro tipo de religião).

Porém, esta transmissão religiosa encontra-se ameaçada!

- Primeiro: a tradição já não é o que era
A mudança da estrutura familiar contribui para quebrar a transmissão: as pessoas casam-se menos, mais tarde e mais civilmente; as ruturas conjugais crescem; as crianças nascem progressivamente em menor quantidade e no seio de coabitações. Ou seja, a reprodução das linhagens crentes tradicionais, assentes em casamentos religiosos estáveis e em famílias alargadas, fica certamente comprometida com estas transformações em curso.

- Segundo: as crenças religiosas não são recebidas de forma imposta, mas questionada a sua utilidade
Atualmente, o jovem vive num mundo onde as informações das mais variadas fontes são acessíveis a todos de forma rápida. Por isso, diante de tantas publicações científicas, páginas na internet, produções, revistas culturais, textos e artigos filosóficos, pergunta-se: crença ou descrença – o que é mais saudável?

Neste sentido, a situação religiosa dos filhos nem sempre é a mesma da dos pais. Há casos em que os pais são católicos e praticantes e os filhos têm outra posição religiosa, bem como ideologias religiosas divergentes das dos seus pais.

"Estudos demonstram que os adolescentes com maior religiosidade apresentam comportamentos mais saudáveis, além de melhores índices de saúde física e mental, em comparação com aqueles que não são religiosos. No campo da saúde mental, os resultados se mostraram ainda mais interessantes: a religião, ao fornecer uma compreensão e significado na vida dos adolescentes, estava diretamente associada a níveis mais baixos de sintomas depressivos, além de estar conexa com menor risco de suicídio."

Alguns jovens sentem a necessidade de aprofundar esta dimensão, para encontrar equilíbro e harmonia pessoal, enquanto que outros não sentem essa necessidade. Têm, assim, as suas próprias razões para praticar ou não a religião. 
💒 Os que praticam alegam como razões, a herança religiosa familiar, a fé e a paz da consciência.
💒 Os não praticantes, afirmam que, para ser uma pessoa religiosa, não é necessário praticar qualquer religião. A falta de tempo é outra razão invocada,  pois ocupam a sua vida com outras opções, a que dão mais importância, como por exemplo, o desporto. Outro argumento para não comprometerem com uma prática religiosa é o comportamento da hierarquia da Igreja e dos crentes praticantes.


Mudança religiosa

Desgosto amoroso, sofrimento ou uma alegria (mais visível nas adolescentes do sexo feminino)
Adolescência 
Aquisição de novos conhecimentos 


Desta forma e independentemente de... 
                  ...a tua família considerar que deves seguir as suas ideologias religiosas ou
                               ...algumas pessoas serem a favor que deves escolher a própria religião em conformidade com os teus desejos e buscas individuais.
                                                            ...no aspeto religioso, necessitas da orientação elucidativa não só dos pais, mas de representantes religiosos racionais e professores sensatos que possibilitem que a religião seja encorajada e estimulada, em vez de dirigida ou comandada.

Deves seguir a ideologia religiosa que considerares a mais adequada a ti, pois quando a escolheres tens de te identificar com ela. Tens de sentir que a religião (seja na igreja ou em outro local) se aproxima das tuas dúvidas, dos teus problemas. Que o representante saiba conversar contigo, te ouça, colocando-se ao teu nível e que se interesse por aquilo que te preocupa!

Bibliografia:
http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/24207