quarta-feira, 23 de julho de 2014

FAMÍLIA

Demência e os Avós

Este é uma síndrome (doença) em que há uma progressiva perda das funções mentais como por exemplo a atenção, o cálculo, a linguagem, o raciocínio, o comportamento, a personalidade, entre outras. É, predominantemente, vivenciado pela população idosa. Contudo, existem crianças e adolescentes que lidam com ela no seu quotidiano, por viverem na mesma casa ou na proximidade de alguém que amam com esta doença, geralmente situações destas são vivenciadas com os avós.
Como já foi falado antes, a relação avós e netos tem características muito particulares e importantes no desenvolvimento e, por isso, numa altura em que as crianças e jovens estão a tentar lidar com o seu crescimento e a definir a sua personalidade, terem de lidar ainda com um membro da família que está doente pode levar a reações negativas na criança.

Ajudar as crianças a lidar com a demência:
·         Criar oportunidades para conversar em família, em se fale sobre o que está acontecer, e dar todas as informações sempre adequadas ao nível de compreensão da criança;
·         Responder a todas as perguntas que existam;
·         Encorajar a partilha de todas as emoções e sentimentos experienciados, valorizando-os;
·         Dar apoio prático, antes de estar com a pessoa, para ajudar a pensar num tema para abordar posteriormente (exemplo: falar de alguma história que tenha acontecido agora ou no passado);
·         Não esquecer as crianças, durante a realização de atividades em família;
·         Estimular a criança a prosseguir e a planear a sua vida;
·         Ajudar a enfrentar e a lidar com os piores medos (exemplo: a perda da pessoa);
·         Tranquilizar as crianças de que não vão adoecer também;
·         Informar o professor ou o psicólogo da escola de que alguém da família da criança tem Demência e, de vez em quando, contatar para saber se a criança tem tido problemas ou alterações comportamentais;
·         Incentivar a aprendizagem sobre a demência no contexto escolar.

Curiosidades:
·         A relação com os netos pode garantir uma sensação de realização para as pessoas com demência;
·         A maioria dos avós com demência tem um entendimento forte de sua identidade como avô;
·         Para muitas crianças, particularmente para as mais desenvolvidas, dar apoio a um avô com demência pode trazer um invulgar senso de responsabilidade;
·         Mesmo depois da demência afetar capacidades verbais, os avós continuam capazes de expressar a sua identidade através de interações a nível emocional (mostrar a felicidade de ver seus netos e de por poder partilhar atividades);
·         As crianças muitas vezes não têm expetativas rígidas de como seus avós se devem comportar, o que previne juízos sobre o comportamento do avô com demência.

Os pais, geralmente, são os "porteiros" para haver um relacionamento bem sucedido entre as crianças e seus avós. Os benefícios, estão provados e, são para toda a família. Sendo que para as pessoas com demência, os cuidadores e as crianças a boas relações tem um grande impacto na dia a dia.

Bibliografia recomendada:
Informação para os pais e avós  - [em linha]. Alzheimer Portugal. [Consult. Disponível em WWW:<URL:http://alzheimerportugal.org/pt/text-0-9-41-43-informacao-para-os-pais-e-avos>.




 
 Autores:
Daniel Neves e Joana Pereira – Alunos do curso de Gerontologia da Universidade de Aveiro
Enf.º Rui Branco – UCC Grei – Centro de Saúde de Águeda

quinta-feira, 3 de julho de 2014

ALERGIAS RESPIRATÓRIAS



O que é uma alergia respiratória?
É uma reacção exagerada das vias respiratórias a uma substância inalada do meio ambiente, normalmente tolerada pela população em geral.

Como saber se podes ter alergias respiratórias?
Se estás "sempre constipado" apesar de não teres febre ou outro sintoma gripal ou quando relacionas as tuas queixas com determinadas situações (ex: "constipas-te" mais na Primavera ou quando "limpas o pó") podes ter alergias.

Quais os principais sintomas das alergias respiratórias?
 - Espirros repetidos;
- Secreção nasal aquosa - nariz entupido (congestão e/ou obstrução  nasal);

- Alteração do olfato (dificuldade de perceber os cheiros);
- Olhos avermelhados, irritados, coceira e lacrimejamento;
- Alteração do paladar (dificuldade de perceber os sabores);
- Tosse, falta de ar e pieira, por vezes.

Qualquer pessoa pode ter alergias respiratórias?
Qualquer pessoa pode desenvolver alergias em qualquer etapa da sua vida. No entanto, as alergias respiratórias iniciam-se predominantemente numa fase mais inicial da vida (infância e adolescência). Se tens pais ou irmãos com história de doença alérgica respiratória tens maior probabilidade de vir a ter esta doença.

Quais os tipos de alergias respiratórias?
Os mais frequentes são: a rinite alérgica, a sinusite e a asma.

A rinite alérgica constitui uma forma de doença alérgica caracterizada por uma inflamação do revestimento interno do nariz causando congestionamento do nariz e secreção nasal aquosa.

A sinusite é uma inflamação que ocorre nos seios nasais, estruturas que comunicam com as fossas nasais através de pequenos orifícios e que geralmente são preenchidas por ar.

Quando esses orifícios ficam obstruídos em situações de inflamação esses seios enchem-se de secreções, provocando os típicos sintomas de sinusite: dor de cabeça, tosse, secreções espessas que podem ser amareladas ou esverdeadas, nariz entupido e, por vezes, febre.

Estas duas formas de alergias respiratórias podem confundir-se pois os sintomas são semelhantes e ambas causam obstrução e secreção nasal. No entanto, a sinusite apresenta sintomas mais graves como a febre e as dores de cabeça.

A asma também é uma forma de alergia respiratória, no entanto já foi aprofundada anteriormente no Apeadeiro da Saúde, deves voltar a ler para relembrares este assunto.




O que causa estas alergias?
As alergias respiratórias são causadas por componentes ambientais inalados, os chamados aeroalérgenos, ou seja, as poeiras que ficam suspensas no ar.
Os mais comuns são: os ácaros, o mofo (fungos do ar), as partículas liberadas da saliva dos gatos, os pelos de animais e os pólens de plantas.
Dentre estes alérgenos do ar, os ácaros são os piores causadores das alergias e também os que mais convivem perto de nós como na nossa cama, travesseiro, almofada, sofá ou em outros locais como, roupas, carpetes, móveis e pisos de madeira não envernizados e brinquedos de peluche. Também fazemos contato com os ácaros fora do domicílio como nas escolas, transportes e edifícios públicos, hotéis, cinemas, bibliotecas e restaurantes.
Além dos alérgenos do ar, as mudanças climáticas, alguns perfumes e fragrâncias, o fumo do cigarro, produtos de limpeza derivados do petróleo, alimentos e certos tipos de medicamentos são exemplos de fatores que podem causar reações alérgicas respiratórias.

Como posso combater as alergias respiratórias?
1.     Evita espaços verdes durante a primavera, sobretudo em dias quentes e secos e nas horas de maior calor;
2.    Circula de automóvel com os vidros fechados e se viajares de mota usa capacete com viseira.
3.   Tem as janelas de casa fechada durante a primavera, sobretudo durante o dia, mas até às 10h e a partir das 18h é importante arejar bem a casa, abrindo as janelas.
4.     Usa óculos de sol, particularmente se tens queixas de conjuntivite alérgica;
5.    Deves evitar a exposição a poluentes que podem desencadear crises alérgicas (ex: fumo de tabaco)

Qual o papel da fisioterapia neste problema?
A maioria dos utentes portadores de alergias respiratórias adotam um tipo de respiração inadequada, geralmente pela boca devido a obstrução constante do nariz e uso de músculos menos adequados à respiração.
O trabalho da fisioterapia respiratória passa, principalmente nesses casos, por:
- Orientar o utente sobre a maneira mais correta de respirar;
        -  Programar exercícios coordenados com a respiração;
        - Executar manobras para a desobstrução das vias aéreas;
        - Orientar sobre posturas adequadas e de relaxamento quando o utente se sente pior;
        - Orientar sobre o uso correto da inalação e das bombas.

Fontes:
http://www.webmd.com/allergies/guide/asthma-allergies
http://www.allergyuk.org/respiratory-allergies/respiratory-allergies
http://www.aafp.org/afp/2010/0615/p1440.html

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/ministeriosaude/doencas/doencas+face/rinite.htm


   
 Realizado pela estagiária da licenciatura de fisioterapia Ana Rita Neves, 
             orientada pela Fisioterapeuta Marta Santo