sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Ir ao baú das memórias...


O que nos faz lembrar de uma detalhada história ocorrida no passado? Como deixamos fluir naturalmente as frases complicadas de longas canções? Por que nunca nos esquecemos de como andar de bicicleta?

Nestes exemplos, a MEMÓRIA surge como um processo de retenção de informações, no qual as nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando as chamamos. É uma função cerebral relacionada com o processo de retenção de informações obtidas em experiências vividas.


A memória é uma das funções cerebrais mais importantes. Permite-nos não só adquirir conhecimento sobre nós próprios como também interagir com as pessoas ao nosso redor. 


De facto, grande parte da nossa identidade é determinada pela nossa capacidade de aprender e reter informações. Ao longo do desenvolvimento, adquirimos capacidades motoras que nos permitem dominar o nosso ambiente e adquirimos linguagens de forma a comunicar o que aprendemos aos outros, transmitindo assim aspetos culturais importantes de geração em geração. 

Levamos connosco uma grande BAGAGEM de informação!

  • A memória sensorial - serve para reter as informações que nos chegam pelos sentidos (visão, audição, tacto, olfato e paladar). A informação que nos chega pelos sentidos é processada, analisada, interpretada e guardada no cérebro em menos de 2 segundos. É como se fosse uma memória imediata. Quando o cérebro precisa de mais tempo, recorre ao próximo tipo de memória.


Por exemplo, a palavra "rainha" pode ser codificada de diferentes maneiras, funcionando depois como indícios para posterior recuperação.


  • A memória de curta duração - quando o nosso cérebro entende que a informação que está a receber é importante, a informação é transferida da memória sensorial para a memória de curta duração. Nela, podemos memorizar até 7 informações durante cerca de 30 segundos. Se necessária armazenamento durante mais tempo, o cérebro recorre ao último tipo de memória.




Este tipo de memória é como "uma mão cheia de ovos" - só consegue agarrar ao mesmo tempo um número limitado de elementos.






  • A memória de longa duração - quando a memória ultrapassa os primeiros dois tipos, a informação pode ser guardada no espaço de longa duração. Esta é a parte da memória que nos permite guardar as informações de várias formas, mas sempre de uma maneira cronológica, já que é o tipo de organização a que estamos habituados.




São exemplos desse tipo de memória as nossas lembranças da infância ou de conhecimentos que adquirimos na escola.





 SEM MEMÓRIA NÃO HÁ APRENDIZAGEM!
Assim se compreende que uma perturbação da memória tenha consequências tão devastadoras para o indivíduo e para as pessoas que o rodeiam.

A PERDA DE MEMÓRIA pode estar associada a determinadas doenças neurológicas, a distúrbios psicológicos (stress, ansiedade, depressão), a problemas metabólicos e também a certas intoxicações (alcoolismo).

A forma mais frequente de perda de memória é conhecida popularmente como "esclerose" ou demência (a mais comum é a doença de Alzheimer).


Como Melhorar a Memória?

Existem muitas coisas que podes fazer para melhorar a memória - seja a tua ou da tua família (ex: dos teus avós) - entre as quais, o uso de determinadas técnicas mentais e os cuidados com a nutrição e os medicamentos.



Para conservar ou melhorar a memória, a melhor maneira é EXERCITÁ-LA !



Queres saber como? Não percas a próxima publicação - "Vamos exercitar a memória?"



Bibliografia:
http://neuroser.pt/2016/09/27/memoria-humana/
https://www.ic.unicamp.br/~wainer/cursos/906/trabalhos/curto-longo.pdf
http://www.cerebromente.org.br/n01/memo/memoria.htm

Sem comentários:

Enviar um comentário