terça-feira, 4 de maio de 2021

Bronzear ou não bronzear...eis a questão


Agora com o calor a chegar, o que DESEJAMOS é ficar COM UM bronzeado PERFEITO e que essa cor dure muito tempo...


Existem vários tipos de bronzeamento, que importa conheceres, para poderes tomar decisões de forma consciente e informada. Aqui destacamos alguns!


bronzeamento solar é um escurecimento da pele como resposta fisiológica natural, estimulada pela exposição à radiação ultravioleta da luz solar. Se uma área da pele for excessivamente exposta ao sol, essa área pode desenvolver uma queimadura solar. Este tipo de bronzeamento sai naturalmente, quando deixamos de estar ao sol com frequência.

O escurecimento da pele é causado pelo aumento ou libertação do pigmento melanina (que é castanho), dentro das células da pele horas após a exposição à radiação ultravioleta. Esta protege o corpo de absorver radiação solar em excesso, o que pode ser prejudicial. Dependendo de sua carga genética, algumas pessoas podem adquirir um bronzeado muito maior e mais rapidamente, enquanto outras pessoas não.
As frequências ultravioleta responsáveis pelo bronzeamento são frequentemente divididas em faixas UVA e UVB, em que as últimas têm maior energia, provocando mais danos e com maior potencial carcinogénico.


bronzeamento artificial diz respeito à aplicação de produtos químicos na pele, com o objetivo de produzir um efeito semelhante ao bronzeamento solar tradicional. Neste tipo de bronzeamento podemos enumeramos algumas técnicas:


1- Bronzeamento cosmético (ou autobronzeamento)

Atua na camada superior da pele: a camada córnea. Os produtos autobronzeadores contêm agentes de bronzeamento naturais de elevada qualidade: DHA (refinado da beterraba sacarina) e/ou eritrulose, que funcionam da mesma forma: reagem com os aminoácidos para tornar a pele mais acastanhada

Neste contexto, não apresenta um risco tão elevado de cancro de pele ou possibilidade de envelhecimento antecipado da pele, como pode acontecer com outras técnicas de bronzeamento artificial. Isto porque este tipo de técnica na verdade não bronzeia, mas mancha a pele, não apresentando assim os riscos de exposição aos raios ultravioletas.

2- Bronzeamento a jato (ou jet bronze)
Esta técnica é muito procurada em Portugal. A solução utilizada contém um bronzeador cosmético 100% natural, de aplicação tópica por micropulverização sobre a pele, através de um jato manobrado por um profissional.
É importante realçar que uma pele bronzeada artificialmente continua a precisar de proteção quando exposta ao sol. 

3-  Câmara de bronzeamento (ou solário)
Os solário são aparelhos que emitem radiação UV (UVA e UVB) invisível, de forma a induzir o aumento da produção de melanina. Mas apresenta diferenças relativamente ao bronzeamento natural, constituindo-se por isso como um risco para a saúde, dado que emitem raios UV do tipo A (UVA) em quantidades bem maiores que as emitidas pelos raios solares.

"UMA SESSÃO DE SOLÁRIO EQUIVALE A DOIS DIAS DE FORTE EXPOSIÇÃO SOLAR, NA PRAIA”, AFIRMA FERNANDO RIBAS. "A ÚNICA DIFERENÇA É QUE OS NÍVEIS DE UVB, OS RAIOS RESPONSÁVEIS PELA VERMELHIDÃO, SÃO MENORES. “OU SEJA, NÃO HÁ ESCALDÃO, NÃO HÁ FORMA DO CORPO ALERTAR PARA OS EXCESSOS, MAS HÁ UMA INTENSIDADE DE PENETRAÇÃO MUITO MAIOR.” (in https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/oms-quer-proibir-solarios-a-menores-de-18-anos?v=cb)

Apesar de ser recomendado por dermatologistas, psicólogos e outros técnicos de saúde para o tratamento de acne, psoríase, osteoporose, menopausa, escassez de vitaminas, stress entre outras, nem tudo são vantagens na sua utilização. O seu uso pode ser perigoso e pode provocar envelhecimento precoce da pele (com consequente perda de elasticidade), surgimento de manchas escuras, cancro de pele (estudos concluem que pessoas que frequentam solários têm maior risco de desenvolver melanoma - o risco aumenta quanto maior for o tempo de exposição e o número de sessões) e cataratas.

Por outro lado, pode ser prejudicial, na medida em que a espessura da epiderme não acompanha a rapidez com que ocorre o bronzeamento.


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), "OS JOVENS COM MENOS DE 18 ANOS DEVEM SER PROIBIDOS DE FREQUENTAR SOLÁRIOS. A PREOCUPAÇÃO É PARTILHADA PELOS ESPECIALISTAS DE PELE PORTUGUESES ...A GRANDE MAIORIA DOS UTILIZADORES DE SOLÁRIOS SÃO JOVENS ENTRE OS 16 E OS 30 ANOS. O PROBLEMA É QUE A PELE AINDA NÃO ESTÁ TERMINADA AOS 18 ANOS E O RISCO DE ALTERAÇÕES A NÍVEL CUTÂNEO É MUITO MAIOR. POR ISSO, É IMPORTANTE AVISAR OS JOVENS E OS UTILIZADORES CRÓNICOS QUE OS SOLÁRIOS NÃO SÃO MAIS SEGUROS DO QUE A PRAIA. PELO CONTRÁRIO, DEZ EXPOSIÇÕES ANUAIS AUMENTAM EM OITO VEZES O RISCO DE CANCRO DE PELE.”
(IN HTTPS://WWW.CMJORNAL.PT/PORTUGAL/DETALHE/OMS-QUER-PROIBIR-SOLARIOS-A-MENORES-DE-18-ANOS?V=CB)


4- Pílula de Proteção Solar

"NOVA PÍLULA DE PROTECÇÃO SOLAR. TOMADO QUATRO SEMANAS ANTES DA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO AO SOL, ESTE COMPRIMIDO AUXILIA UM BRONZEADO RÁPIDO E PROLONGADO NO TEMPO, ALÉM DE INTENSIFICAR A COR DA PELE DURANTE E DEPOIS DA EXPOSIÇÃO SOLAR.

Este é o ‘slogan’ da nova pílula de protecção solar. Tomado quatro semanas antes da primeira exposição ao sol, este comprimido auxilia um bronzeado rápido e prolongado no tempo, além de intensificar a cor da pele durante e depois da exposição solar.

Concebida por investigadores da L’Óreal, uma das maiores empresas de cosmética, e da Nestlé, gigante do sector alimentar, esta pílula é ‘nutricosmética’, uma vez que combina propriedades hidratantes com as substâncias responsáveis pela protecção contra os raios ultra-violeta A e B (UVA e UVB). De acordo com os seus criadores, esta pílula ‘bronzeadora’ contém os efeitos de um lactobacilo (neste caso o ‘lactobacillus johnsonii’). Esta é uma substância benéfica para o sistema imunitário, atenuando os efeitos negativos do sol sobre as células protectoras da pele, as chamadas células Langherans. Além disso, o comprimido ‘nutricosmético’ contém licopeno e betacaroteno (este último responsável pela cor das cenouras) que favorecem um bronzeado mais rápido e duradouro. Os responsáveis pela pílula garantem ainda uma protecção superior aos cremes solares – não sai com a água nem é necessário repetir a aplicação. Em Portugal, o dermatologista Carlos Oliveira, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, garante que o “lactobacillus johnsonii pode atenuar e proteger as defesas da pele”, mas adverte: “Estes comprimidos nunca devem ser um substituto dos cremes de protecção solar”. 
 (IN https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/pilula-garante-bronzeado-mais-rapido-e-duradouro?v=cb)

Após isto tudo, a questão que se coloca é: 
OS BRONZEAMENTOS SÃO SAUDÁVEIS?

Numa palavra, não. Apesar de o bronzeado ser considerado um símbolo de boa saúde e de uma vida ativa, o bronzeamento por si só não traz benefícios à saúde e é, na verdade, um perigo para ela!

Qualquer exposição à luz ultravioleta (UVA ou UVB), pode alterar ou causar danos à pele. Expor-se por um longo período à luz solar natural causa danos à pele e aumenta o risco de cancro de pele. A exposição à luz solar artificial, usada em salões de bronzeamento, é tão prejudicial quanto a natural. As luzes UVA usadas nestes estabelecimentos provocam os mesmos efeitos negativos conhecidos a longo prazo que a luz UVB. 

Em poucas palavras, não há bronzeamento seguro! No entanto, com todos os cuidados associados (hidratação, horas de calor a evitar, protetores solares, vestuário adequado,...)...a EXPOSIÇÃO SOLAR SEGURA É O MELHOR SEGREDO PARA UM BRONZEADO PERFEITO!


Bibliografia:
http://www.bronzeamento.pt/bronzeamento-artificial-perguntas-respostas/



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