EXISTEM FATORES DE RISCO… QUAIS?
Encontram –se grávidas adolescentes em todos os estratos sociais, contudo parece ser mais prevalente nas classes mais desfavorecidas.
Constituem fatores de risco:
· Abandono escolar;
· Ausência de planos futuros, e a repetição de modelo familiar (mãe também
adolescente).
· Início precoce da atividade sexual;
· Baixa autoestima;
· Abuso de álcool e drogas;
· Falta de conhecimento;
· Respeito da sexualidade;
· Uso inadequado da contraceção.
Dependendo do contexto social em que está inserida a adolescente, a gravidez pode ser encarada como evento normal, não problemático, aceite dentro das suas normas e costumes.
QUAIS AS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS?
A gravidez na adolescência, habitualmente mal vigiada, tem sido associada á maior morbilidade materna e fetal podendo interferir negativamente no desenvolvimento pessoal e social sendo considerada um problema de saúde pública.
As complicações mais associadas com a gravidez na adolescência são:
· Anemia;
· Infeções;
· Parto pré-termo – nascimento antes das 37s de gestação;
· Complicações no parto e puerpério;
· Perturbações emocionais;
· Consequências associadas à decisão de abortar.
Embora o número de gravidezes na adolescência tenha diminuído na última década, torna -se necessária a promoção de programas que respeitem os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes, contribuindo desta forma para a redução da incidência de abortamento e a reincidência da gravidez nesta faixa etária.
COMO EVITAR UMA GRAVIDEZ INDESEJADA?
A contraceção de emergência (CE) corresponde a um grupo de métodos de contraceção que a mulher pode utilizar para prevenir a gravidez. Está indicada nas relações sexuais não protegidas:
· Relação Sexual sem utilização de contraceção;
· Relação Sexual não adequadamente protegida (Falha contracetiva);
· Crime contra a autodeterminação sexual
em mulher não utilizadora de método contracetivo.
Estão disponíveis em Portugal três formas de contraceção de emergência:
- DIU de cobre: método de contraceção de emergência mais eficaz. Pode ser utilizado pelas mulheres que necessitem de contraceção de emergência e também pretendam um método de contraceção de longa duração. Deve ser colocado até 5 dias após a relação sexual não protegida. Relativamente a este método:
PRECAUÇÕES: Não deve ser utilizado por mulheres com malformações uterinas.
EFEITO CONTRACETIVO: impede a nidação.
EFICÁCIA: 99,9%.
VANTAGENS: Eficácia e Contraceção de longa duração.
DESVANTAGENS: implica um procedimento médico.
Pílula com Levonogestrel ou Acetato Ulispristal: pílula de emergência (também conhecida como “pílula de dia seguinte”). Pode ser:
2. PILULA DE LEVONORGESTREL: Toma única. A ser usada até às 72 horas após a relação desprotegida;
3. PÍLULA COM ACETATO DE ULISPRISTAL: Toma única. A ser usada até às 120 horas após a relação desprotegida;
PRECAUÇÕES: Após a toma de uma pílula de emergência deve ser iniciado ou continuado um método de contraceção com a necessidade de utilização de preservativo durante 7 dias (no caso de utilização de pílula de levonorgestrel) ou 14 dias (no caso de utilização de pílula com acetato de Ulipristal).
EFEITO CONTRACETIVO:
· Pílula de Levonorgestrel: Bloqueio ou atraso da ovulação;
· Pílula de Acetato de ulipristal: Bloqueio ou atraso na ovulação.
EFICÁCIA:
· Pílula com Levonorgestrel: a eficácia depende da rapidez da toma após relação sexual não protegida (RSNP): 95% (< 24h após a RSNP); 85% (24 - 48h após a RSNP); 58% (49 - 72h após a RSNP);
· Pílula com Acetato de ulipristal: 96% nos 5 dias após RSNP.
VANTAGENS:
· Pílula com Levonorgestrel: Sem contraindicações. Não tem complicações na fertilidade futura. Pode ser repetida no mesmo ciclo;
· Pílula com Acetato de ulipristal: Maior eficácia. Eficaz na fase pré- ovulatória tardia e precoce. Eficaz até às 120 horas após a relação sexual não protegida. Não tem complicações na fertilidade futura.
DESVANTAGENS:
- Pílula com Levonorgestrel: Apenas eficaz nas primeiras 72 horas após a RSNP. A eficácia depende da precocidade da toma. Não eficaz na fase pré-ovulatória tardia;
· Pílula com Acetato de ulipristal: Contraindicação em algumas doenças. Não pode ser repetido no mesmo ciclo.
Bibliografia:
Rodrigues, Rosa. Gravidez na Adolescência. NASCER E CRESCER revista do hospital de crianças maria pia. 2010, vol XIX, n.º 3.
Portal da juventude. Disponível em: Juventude.gov.pt
Consenso sobre Contraceção. Sociedade Portuguesa de Ginecologia, 2011.
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