O que é o implante contracetivo?
em cada 100
engravida
no uso habitual.
no uso habitual.
O
implante é um contracetivo altamente eficaz e praticamente invisível, tendo
aproximadamente o mesmo tamanho de um fósforo, sendo colocado debaixo da pele do
braço, libertando continuamente uma hormona, o progestagénio, em pequenas
doses, a partir do seu reservatório para a corrente sanguínea.
O
implante poderá ser uma opção para as mulheres que querem evitar a rotina
diária de um método contracetivo e que não pretendem engravidar.
Como
atua?
O
progestagénio…
- Impede os seus ovários de libertarem óvulos;
- Torna o muco cervical mais espesso, tornando mais difícil aos espermatozoides moverem-se livremente no útero e fertilizarem o óvulo.
Quando
se deve colocar o implante?
Após
consulta com profissional da área da saúde e confirmação de que você não está
grávida, o implante deve ser inserido no prazo de 7 dias depois do início do
ciclo menstrual ou imediatamente, no prazo de 7 dias após aborto. Se o implante
contracetivo for colocado fora desses prazos, você vai precisar usar outro
método não hormonal (de barreira – preservativo por exemplo) nos 7 dias
seguintes.
Como
é colocado o implante?
Um profissional especializado irá anestesiar uma pequena área no lado
interior do braço e, com uma agulha especial, introduzirá o implante
imediatamente debaixo da pele.
O Implante é comparticipado! Nas
consultas de planeamento familiar do Serviço Nacional de Saúde pode colocá-lo
gratuitamente.
O implante pode ser removido em qualquer
altura com uma pequena cirurgia, sob efeito de anestesia local, por um
profissional especializado. Após a remoção do implante, o efeito contracetivo
desaparece de uma forma rápida. Assim, permite o rápido regresso ao seu nível
de fertilidade anterior.
Quais as vantagens e as
desvantagens do implante contracetivo?
Vantagens
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Desvantagens
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Com uma taxa de 99.95% este é um dos métodos
contracetivos mais eficazes.
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A
colocação e a remoção devem ser efetuadas por um profissional especializado.
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Adequado para as mulheres que procuram uma
contraceção de reversível de longa duração (3 anos) e que querem evitar os
regimes de administração diários, semanais ou mensais.
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Pode
provocar hemorragias irregulares;
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Permite a espontaneidade sexual e não obriga às
interrupções das relações sexuais
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Pode
causar dor abdominal e/ou sensibilidade mamária, sendo que algumas mulheres
referem aumento de peso;
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Pode constituir uma alternativa para as mulheres
que não toleram ou não querem estrogénio
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Não
protege contra a infeção do HIV(SIDA) ou outras doenças sexualmente
transmissíveis (DST’s)
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Pode ser usado durante a amamentação, 6 semanas
após o parto
|
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Quais os efeitos
secundários do implante contracetivo?
ü Alterações
no período menstrual
⇩
Um efeito
secundário frequente decorrente da utilização de um implante contracetivo é a alteração dos períodos menstruais.
Pode sentir uma alteração na frequência (ausência, menos frequente, mais
frequente ou contínua), na intensidade (reduzida ou aumentada) ou na duração.
Aproximadamente 1 em 5 mulheres referiu ter uma ausência de hemorragia,
enquanto que 1 em 5 mulheres referiu ter hemorragia frequente e/ou prolongada.
Ocasionalmente, foi observada hemorragia abundante. Em ensaios clínicos, as alterações
hemorrágicas foram a principal razão para a interrupção do tratamento (cerca de
11%). O padrão hemorrágico sentido durante os primeiros 3 meses indica
geralmente o seu padrão hemorrágico no futuro.
A alteração
no padrão hemorrágico não significa que o implante não seja adequado para si ou
que não esteja a protegê-la de uma gravidez. Mas caso a hemorragia seja muito
abundante ou prolongada, deverá consultar o médico.
Efeitos
secundários muito frequentes (podem
afetar mais de 1 em cada 10 pessoas)
ü Acne;
ü Dores de cabeça;
ü Aumento do peso corporal;
ü Tensão mamária e dor;
ü Infeção vaginal.
Efeitos secundários frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas)
ü Queda de cabelo e pelos;
ü Tonturas;
ü Humor depressivo;
ü Instabilidade emocional;
ü Nervosismo;
ü Desejo sexual diminuído
ü Aumento do apetite
ü Dor abdominal
ü Náuseas
ü Gases no estômago e intestinos;
ü Menstruações dolorosas;
ü Diminuição do peso corporal;
ü Sintomas gripais;
ü Dor;
ü Fadiga;
ü Afrontamentos;
ü Dor no local do implante;
ü Reação no local do implante;
ü Quistos ováricos
(pequenas bolsas de líquido que se desenvolvem nos ovários e que geralmente
desaparecem por si, mas que por vezes podem causar dor abdominal ligeira. Em
situações mais raras, podem originar problemas mais graves)
Efeitos secundários pouco frequentes (pode afetar até 1 em 100 pessoas)
ü Comichão;
ü Comichão na zona genital;
ü Erupção cutânea;
ü Crescimento excessivo de pelos;
ü Enxaqueca;
ü Ansiedade;
ü Insónia;
ü Sonolência;
ü Diarreia;
ü Vómitos;
ü Obstipação;
ü Infeção do trato urinário;
ü Desconforto vaginal (por exemplo, corrimento vaginal);
ü Aumento das mamas;
ü Secreção mamária;
ü Dores nas costas;
ü Febre;
ü Retenção de líquidos;
ü Dificuldade ou dor ao urinar;
ü Reações alérgicas;
ü Inflamação e dor de garganta;
ü Rinite;
ü Dor nas articulações;
ü Dor nos músculos;
ü Dor nos ossos
Existem ADVERTÊNCIAS ao Impante? Quais?
Pode ocorrer expulsão do
implante se este for incorretamente colocado.
Após a inserção do implante,
no caso de aparecimento e persistência de:
Ø Acidente vascular
tromboembólico
Ø Doença cardíaca isquémica
Ø Hipertensão mantida
Ø Cefaleia, tipo enxaqueca,
com alterações da visão
Ø Icterícia ou doença hepática
… Recomenda-se a mudança de método contracetivo, após conversar com o
seu médico!
Bibliografia
Consenso sobre Contraceção. Sociedade Portuguesa de
Ginecologia, 2011
Enfermeira Carina Coutinho
(Estudante do Curso de Pós- Licenciatura de Especialização e Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia)
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