Já reparaste que muitas
vezes se utilizam de forma indiscriminada os termos perturbações, transtornos distúrbios,
desordens mentais? Na
realidade, estes termos podem significar o mesmo.
Todos nós temos
momentos na vida em que nos podemos sentir em baixo, andar angustiados,
stressados pelas mais diversas razões. Ou
porque são os resultados escolares que não nos satisfazem, as relações
com quem nos está próximo se deterioram e há conflitos, ou então porque
estamos numa fase da vida em que as mais pequenas coisas nos parecem
problemáticas. Estas são respostas normais face aos problemas da vida e
para a grande maioria esses sentimentos passam ao fim de algum tempo. Contudo,
para outras pessoas tal não acontece e podem vir a transformar-se num problema
mais ao menos grave. E isto, pode acontecer a qualquer pessoa, inclusive a ti, mesmo que sejamos todos
diferentes e tenhamos todos formas diferentes de reagir.
Tu podes sair de uma situação complicada ou má com relativa facilidade e rapidamente, enquanto outras pessoas podem andar a viver e a pensar nisso durante muito tempo. A nossa saúde mental não permanece sempre igual, podendo alterar-se ao longo da vida.
As perturbações mentais
correspondem a situações patológicas que são diagnosticados apenas por profissionais de saúde
especializados,
necessitando de intervenções simples e outras mais diferenciadas.
Nas
perturbações existe uma alteração da nossa organização mental, o que implica que a pessoa não consegue
exercer ou exerça com dificuldade os seus papéis sociais (familiares,
relacionais, ou atividades do quotidiano), tornando-se incapacitante e podendo
existir sofrimento. Estas alterações poderão ser visíveis ao nível físico,
comportamental, das emoções e mesmo dos pensamentos.
Podemos referenciar cinco tipos de perturbações: depressão (com ideação suicida), perturbações alimentares (anorexia e bulimia), ansiedade e stress, abuso de substâncias (especificamente álcool) e esquizofrenia, como sendo as mais frequentes, e as que maior impacto têm na vida dos adolescentes e jovens. Apesar de não haver muitos estudos em Portugal que o avaliem, a nossa realidade não está muito distante do que acontece noutros países europeus.
Os estudos mostram que a adolescência é um período critico para a manifestação de uma perturbação mental. Metade das pessoas que sofrem de uma perturbação mental tiveram a primeira manifestação antes dos 18 anos.
O início precoce de uma
doença mental é um preditor de episódios futuros significa que se sofreres de problemas
e perturbações mentais e não tiveres a ajuda adequada e
atempada, tens mais probabilidade de vir a
sofrer destes problemas no futuro.
Os adolescentes e os
jovens são o grupo com menor contato com o sistema de saúde, logo,
comparativamente com a população em geral, têm menor acessibilidade à ajuda e
menor probabilidade de receber uma intervenção adequada.
Muitas destas
perturbações podem
gerar estigma e discriminação social. O medo leva normalmente a que se procurem ocultar os sinais e
sintomas, agravando os problemas. O gráfico mostra o que os
adolescentes e jovens portugueses referem como impedimento de procurar ajuda ou então de
contar a alguém que estão
a sofrer de um problema como a depressão ou de abuso de álcool.
TU! que és jovem adolescente cuida da tua saúde física e mental…
se tens dúvidas…
·
Procura falar:
§ Com os professores,
·
Com os teus pais,
§ Com um Profissional de Saúde.
BIBLIOGRAFIA:
Almeida, T. P. P. de.
(2015). Literacia em Saúde Mental: Conhecimentos, Estigma e Preconceito numa
Amostra de Adolescentes da Região Centro de PortugaInstituto Politécnico de
Viseu Instituto Politécnico de Viseu. 70.
Loureiro, L. M. (2016).
Literacia em saúde mental acerca da depressão e abuso de álcool de adolescentes
e jovens Portugueses. Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e
Social, 2(2), 2–11. https://doi.org/10.7342/ismt.rpics.2016.2.2.33
Pedreiro, A. (2013). Literacia
em Saúde Mental de Adolescentes e Jovens sobre Depressão e Abuso de Álcool.
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