Apeadeiro da Saúde de Águeda: Os mitos e verdades sobre as alergias

O que é uma ALERGIA?

A alergia é caracterizada como uma hipersensibilidade a uma substância que, caso seja inalada, ingerida, tocada ou injetada provoca sintomatologia caraterística.

A substância à qual somos alérgicos chama-se alergénio, e os sintomas provocados são definidos como reações alérgicas.

Quando um indivíduo alérgico entra em contacto com um alergénio, o sistema imunitário deste responde através da produção de uma grande quantidade de anticorpos chamados de IgE (Imunoglobulina E).

A exposição continuada ao alergénio faz com que haja um aumento na produção de anticorpos IgE. A união do alergénio com os anticorpos IgE faz com que sejam libertados mediadores químicos, nomeadamente a histamina, que são os principais responsáveis pelos sintomas caraterísticos.

Para que a reação alérgica seja desencadeada é necessária a presença de:

ûALERGÉNIO: Substância que desencadeia a alergia. Podemos ter alergia a um ou vários alergénios.

ûIMUNOGLOBULINA E (IgE): Anticorpo produzido pelo sistema imunitário como resposta ao alergénio.

ûHISTAMINA: é um mediador químico do sistema imunitário produzido pelo nosso organismo numa reação alérgica. A sua principal função é destruir substâncias estranhas.

As alergias subdividem-se em 3 grandes grupos:

1. Respiratória

As alergias respiratórias caracterizam-se por uma reação de hipersensibilidade. Apresentam um caráter genético importante tendo, portanto, maior incidência em indivíduos com antecedentes familiares de alergia. São mais frequentes em crianças e adolescentes e provocam grande impacto na qualidade de vida dos indivíduos afetados. Para mais informações consulta este artigo: https://apeadeirodasaudeagueda.blogspot.com/2014/07/alergias-respiratorias-o-que-e-uma.html

2. Alimentar

Afetam uma percentagem significativa da população. São mais frequentes em crianças e geralmente manifestam-se a partir do primeiro ano de vida. Os sintomas mais comuns são a inflamação e prurido (comichão) na boca, diarreia e vómitos.

Sabes a diferença entre alergia e intolerância?

Se ficaste curioso consulta estes artigos para saberes mais!

https://apeadeirodasaudeagueda.blogspot.com/2019/12/alergia-alimentar-vs-intolerancia.html;

https://apeadeirodasaudeagueda.blogspot.com/2019/01/alergia-alimentar.html

3. Cutânea

Existem vários tipos de manifestações de reações cutâneas. Apresentamos a seguir os diferentes tipos de reações que podes encontrar!

o Urticária

É uma reação cutânea muito frequente.

Caracteriza-se pelo aparecimento de manchas avermelhadas, salientes e erupções cutâneas com prurido na pele com duração de algumas horas.

É causada pela libertação de histamina e outras substâncias químicas na corrente sanguínea. Esta libertação pode ter causas imunitárias (urticária alérgica) e não imunitárias (frio, calor…).

Pode aparecer de forma isolada ou repetida, podendo tornar-se crónica.

Os principais alergénios são alimentos e medicação. Existe uma relação clara entre causa e efeito, uma vez que surge como uma reação imediata à entrada em contacto com o alergénio.

Deixamos-te algumas substâncias que podem influenciar o seu desenvolvimento:

o Dermatite atópica

Tem início precoce, aparecendo geralmente no primeiro ano de vida. Na maior parte das situações esta doença tende a reverter com a idade. Caracteriza-se por prurido intenso e recorrente, com aparecimento de bolhas vermelhas com libertação de líquido e formação de crosta.

Ao coçar, desenvolve-se o aparecimento de lesões secundárias (arranhões) podendo evoluir para infeção.

A sua causa é desconhecida (idiopática), no entanto, existe uma relevante componente hereditária.

o Dermatite por contacto

É caracterizada por lesões vermelhas com prurido e sensação de queimadura, por vezes formadas por pequenas bolhas e descamação. A pele fica vermelha, dorida e inflamada. As lesões ocorrem após contacto direto com a substância e apenas no local onde o alergénio entra em contacto com a pele.

Estas reações não são imediatas, surgem um ou dois dias após o contacto e não ocorrem no primeiro contacto com a substância, sendo necessárias várias exposições até o indivíduo se tornar alérgico.

Pode-se dividir em 2 subgrupos: