terça-feira, 8 de abril de 2025

É normal ser diferente! Por uma infância sem estigmas nem discriminação

A discriminação étnica, racial, de género … é uma forma de maus tratos. É considerada violência psicológica se for praticada intencionalmente através de insultos, desprezo, humilhações, ameaças....

Aos 5 anos, as crianças podem já olhar para determinadas pessoas de forma mais desfavorável, devido às influências do contexto onde estão inseridas. Evitar o assunto não protege as crianças, deixando-as expostas aos preconceitos. É fundamental, desde cedo, conversar com elas sobre diversidade e igualdade, usando uma linguagem adequada à idade.

Se a criança quiser saber porque existem pessoas com características (físicas ou outras) diferentes das suas (ex: cor da pele, tipo de cabelo ou roupa…), aproveite para reconhecer que as pessoas são diferentes, mas também para realçar o que há em comum. Explique-lhe que é normal ser diferente e mostre-se sempre disponível para responder a todas as suas curiosidades, evitando calá-la para que não sinta que é um assunto tabu. Explore o que ela pensa sobre a diferença, até que entenda que não é correto fazer julgamentos, que isso é injusto e que devemos combater a discriminação.  Se, pelo contrário, ela tiver sido vítima de algum tipo de preconceito, encoraje-a a conversar e valorize positivamente o aspeto que tenha sido depreciado.

Pais e mães são os principais modelos para as crianças.  O que elas veem os pais fazer é mais importante do que elas ouvem os pais dizer. Revejam os vossos próprios preconceitos e aproveitem todas as oportunidades para demonstrarem gentileza, empatia e defenderem o direito de cada pessoa a ser tratada com dignidade e respeito!

“O racismo estrutural e a discriminação colocam crianças e adolescentes em risco de privação e exclusão que podem durar a vida toda. Isso prejudica-nos a todos. Proteger os direitos de cada criança – seja ela quem for, venha de onde vier – é o caminho mais seguro para construir um mundo mais pacífico, próspero e justo para todos”. (Catherine Russell, UNICEF)



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