terça-feira, 4 de abril de 2023

Autismo…ao vivo e a cores!


O autismo é um problema psicológico?

Não, não é! Tem início durante a gravidez, mas geralmente só é diagnosticado nos primeiros três anos de vida da criança. Existem vários graus de autismo, sendo a única forma de os descobrir, a OBSERVAÇÃO. É preciso ficar atento ao comportamento da criança, que pode desenvolver problemas relacionados com a linguagem, interação social, além de poder apresentar comportamentos repetitivos.

 

O autismo é uma doença?

Nada disso! O autismo é o resultado de um conjunto de características que afetam o comportamento da criança, prejudicando algumas das suas capacidades. 

A definição de doença tem em conta fatores como o risco de morte, a degradação física e dos órgãos internos. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) está classificado como um Transtorno de Desenvolvimento.

 

 

Os autistas são todos iguais?

Não é à toa que se diz que o autismo é um espetro – isso significa que as características variam de pessoa para pessoa. No entanto, todas elas, em menor ou maior grau estão relacionadas, com as dificuldades de comunicação e relacionamento social (por exemplo: alguns podem ter dificuldade para desenvolver a fala e outros podem ser ótimos oradores; alguns podem desenhar muito bem e outros podem ter dificuldade em segurar corretamente um lápis.

Cada autista é único exatamente como todas as outras pessoas do mundo.


O autista vive num mundo só dele

Pode realmente ser verdade que algumas crianças no espectro autista não queiram fazer amigos e não sintam falta de ter alguém por perto. Mas outros querem – mas, muitas vezes, não têm ideia do que devem fazer para desenvolver uma amizade – não nos podemos esquecer que eles convivem com as pessoas de forma diferente devido às dificuldades de linguagem e socialização. Estes obstáculos conduzem ao isolamento do autista e até mesmo à falta de interesse em interagir, parecendo pessoas tímidas e hostis.

 

Os Autistas que não falam, entendem aquilo que lhes é dito?

Mesmo parecendo ausentes e incapazes de compreender o que se passa à sua volta, muitos autistas não verbais ouvem e compreendem tudo. Atualmente, as diversas formas de comunicação alternativa permitem que eles se expressem (através de blogs, sites ou publicação de livros).

Por isso, nada de falares como se a pessoa no espectro não estivesse presente, está bem?

 

Os autistas não sentem emoções?

Outra coisa comum é ouvir que quem tem TEA é incapaz de sentir emoções, mas isso não pode estar mais longe da verdade. O autismo em si não faz com que alguém seja incapaz de sentir as emoções, mas as emoções são sentidas, percebidas e expressadas de forma diferente.


Ou não conseguem entender as emoções dos outros?

Pode realmente ser verdade que uma pessoa com TEA tenha dificuldades em entender o que outra pessoa está a sentir com base na sua expressão facial, tom de voz e linguagem corporal. Mas, se a emoção for comunicada diretamente, os autistas têm não só a capacidade de a compreender como também, sentir compaixão e empatia tanto quanto qualquer outra pessoa.

Por esse motivo, ensinar e treinar o reconhecimento das emoções é tão importante desde cedo. Uma comunicação direta, verbal, sem ironia e figuras de imagem também ajuda muito.

 

As vacinas podem causar autismo?


Essa informação é completamente falsa. Segundo a OMS, não há nenhuma comprovação científica que ligue o transtorno do espectro autista a vacinas.

 

Toda a pessoa com autismo tem movimentos repetitivos, por exemplo, de se balançar para a frente e trás?

O autismo pode manifestar-se de diversas maneiras e em graus variados, por isso é praticamente impossível encontrar duas pessoas que apresentem exatamente as mesmas características e comportamentos. Embora o movimento de balançar seja algo comum, ele não é realizado por muitas pessoas no espectro.

Existem diversos outros comportamentos que também são comuns: a dificuldade em se olhar nos olhos, a necessidade de alinhar objetos e o gosto pela observação de objetos giratórios.

 

Os autistas não conseguem olhar nos olhos de outras pessoas?

É verdade que alguns autistas não conseguem olhar nos olhos, mas isso não é verdade para todos e isso é algo muito importante de se saber, já que essa crença pode atrasar o diagnóstico e, consequentemente, a intervenção necessária. Alguns conseguem olhar nos olhos, porém não conseguem sustentar o olhar por muito tempo e outros não têm qualquer dificuldade em o realizar.

Muitos autistas sentem desconforto em olhar nos olhos porque são muitas informações ao mesmo tempo para serem codificadas, gerando desconforto, ansiedade, confusão ou stress.

 

O autista tem QI acima da média?


É verdade que alguns autistas têm alguma habilidade excecional - cerca de 10% dos autistas têm o que é chamado de Síndrome de Savant, também conhecida como síndrome da genialidade. Essas pessoas normalmente têm o QI abaixo da média, mas uma capacidade muito acentuada numa área específica como memória, cálculo, idiomas, pintura ou música, por exemplo.

 

Se a criança fala, não pode ser autista!

A linguagem é uma das áreas em que as crianças autistas geralmente têm dificuldades. No entanto, algumas desenvolvem uma linguagem avançada, ainda que limitada ao nível do número de palavras usadas, da correção ou da capacidade expressiva.

 

O autismo tem cura?

O autismo não é uma doença e, sendo assim, não podemos falar em cura. É, sim, uma condição que acompanha a pessoa durante toda a sua existência. Não significa que os desafios serão sempre os mesmos, mas algumas dificuldades ou limitações existirão sempre.

Com a chegada à idade adulta, um autista precisa de ajuda para gerir a sua experiência laboral e a sua autonomia pessoal e social. Alguns fármacos, porém, podem ser úteis para combater certas co morbilidades/sintomas frequentemente associados ao autismo, como a hiperatividade, a agressividade e a obsessão.

Webgrafia

https://apaebh.org.br/noticias/mitos-do-autismo-saiba-o-que-e-verdade-e-o-que-nao-e/



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