De certeza que já ouviste falar do caso de crianças com DOENÇAS RARAS, como foi o caso da Matilde
Matilde sofre de AME do tipo 1, a forma mais grave
desta doença rara, que é causada por mutações num gene - o SMN1. A doença,
que se caracteriza por perda de força, atrofia muscular, paralisia
progressiva e perda de capacidades motoras, tem uma esperança média de vida
de dois anos. Afeta todos os músculos do corpo, mas não tem qualquer efeito nas capacidades cognitivas. O
objetivo … é "travar" a doença até à chegada do Zolgensma. O fármaco tem o valor de
1,9 milhões de euros e ainda só foi aprovado nos EUA. Trata-se de uma terapêutica
genética experimental, que tem vindo a apresentar resultados positivos e
prolongados, embora ainda não se consiga ter a certeza se são permanentes. (in Diário de Notícias 2019) |
Ou o caso de Constança Braddell
Constança estava a ser submetida ao tratamento com um fármaco inovador e a batalhar para que fosse generalizado pelo Serviço Nacional de Saúde a todos os pacientes com fibrose quística. (in Expresso 2021) |
Por
afetarem uma pequena parte da população, nem todas as doenças raras têm
remédios específicos para controlá-las. E, quando eles existem, o seu custo é
elevado e incompatível com as suas condições
financeiras, não sendo também disponibilizado pelo Governo!
No mundo em que vivemos, o dinheiro compra quase tudo (menos a felicidade e a saúde, como se diz). Sendo assim, porque é que estes medicamentos são tão caros?
Doenças raras exigem remédios "raros" (e
caros)
O mercado para este tipo de medicação "rara" é muito restrito. Não tem
muita competição e tem que aliar isso aos interesses da empresa, fazendo com
que os preços de determinados medicamentos alcancem valores altíssimos.
Criação de um novo fármaco exige anos de pesquisa (e
muito dinheiro)
Para que um medicamento chegue ao mercado são necessários anos de pesquisa
e desenvolvimento.
Então o custo não é só do medicamento final, mas de todo o processo de
pesquisa! É por isso que existe patente (geralmente de 10 anos) para os novos
medicamentos. A ideia é que, no mínimo, a empresa recupere o que
investiu, tenha lucro e consiga investir no desenvolvimento de novos fármacos.
O que dizem as farmacêuticas
Relativamente ao Zolgensma,
o argumento utilizado para ser tão dispendioso, é que apenas uma dose única
reverte a história natural da doença (dado que restitui o gene “defeituoso”),
não sendo necessário um tratamento para a vida inteira.
Se eu não posso pagar, alguém é obrigado a pagar para
mim?
No entanto, na prática não funciona assim, existindo alguns
pressupostos legais que encontram-se em fase de análise…
O caminho faz-se caminhando…
Webgrafia:
https://www.uol.com.br/vivabem/reportagens-especiais/medicamentos-que-custam-milhoes-de-reais/#cover
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