Num artigo anterior falámos do que é a paralisia. Hoje vamos abordar como podes lidar com um colega/amigo/familiar que tenha Paralisia Cerebral (PC).
Mas para isso, é importante perceberes alguns conceitos que te podem ajudar:
Entender
quais são as limitações reais: A
criança/adolescente pode ouvir, ver, andar e compreender quando conversamos
com ela? Independentemente da sua condição devemos estimulá-la, utilizando
estratégias que facilitem a interação (ex: falar mais devagar, usar recursos
visuais, utilizar uma linguagem acessível e fácil; caminhar ao seu ritmo e
não o contrário, ou seja, procurar que ela se adapte ao nosso ritmo). São várias as
formas como podemos comunicar: pelo olhar, sorriso, expressão da face,
movimentos do corpo, gesto, palavra, desenho ou escrita. |
Aspetos a ter
presentes na ajuda da criança/adolescente relativamente à linguagem
Respeitar as suas dificuldades: Antes
de interagir com a criança/adolescente, procurar saber quais são as suas
dificuldades, para não exigir mais do que ela (e) pode oferecer. Algumas
delas são resultantes da sua limitação motora: não segurar a cabeça,
não se manter sentada(o),
não andar ou então mover-se de uma forma descontrolada e insegura. |
Respeitar o tempo da criança/adolescente para a realização das
atividades: Muitas vezes sentimo-nos desanimados ou
mesmo frustrados com o facto de que não corresponde às nossas expetativas –
não realiza aquilo que lhe é solicitado de forma rápida e correta. No
entanto, é essencial percebermos que ela (e) tem o seu próprio ritmo e que
pode demorar mais tempo a concretizar as atividades ou mesmo não as executar
da forma como gostaríamos. Mas o importante é o caminho que percorreu e o
esforço que realizou! |
Solicitar somente aquilo que a
criança/adolescente possa realizar: Depois
de compreender o ponto acima, é fácil sabermos quais as suas capacidades/limitações
e, consequentemente, com o que podemos contar. |
Sobre a alimentação: Algumas crianças/adolescentes com PC
têm dificuldades de deglutição, por isso, não conseguem engolir e correm um risco
grande de se engasgar. Como tal, não devemos oferecer alimentos a elas, sem
antes perguntar ao responsável se podemos. |
Nas situações de maior gravidade, poderá não se
alimentar pela boca, mas apresentar um pequeno orifício no estomago (ao qual é
inserido uma sonda), denominado de gastrostomia – e é por essa via que é
alimentada. No entanto, é importante que uma pequena quantidade dos alimentos
possa ser dada pela boca (para que a criança se aperceba dos sabores e mantenha a
estimulação oral).
Aspetos a ter em
conta na administração dos alimentos
Sobre a higiene pessoal: O banho deverá ser dado em segurança, podendo
ser um momento de brincadeira e estimulação. |
- Evitar a ingestão
de produtos açucarados entre as refeições e escovar os dentes após as refeições
principais.
- Incentivar o uso
do bacio (o que não é tarefa fácil) - mas deverá ser tentado, existindo algumas
adaptações para o treino ser bem-sucedido.
- Estimular o vestir
e despir sozinha e, enquanto o faz, ensinar as partes do corpo. Conversar com
ela sobre as peças do vestuário, para que servem, como as arrumar, aproveitando
para lhe ensinar as cores. Utilizar roupas o mais adequadas possível.
INTEGRAÇÃO SOCIAL - O relacionamento interpessoal é fundamental para
o desenvolvimento da criança/adolescente, devendo os outros aceitá-la(o) tal
como ela(e) é. |
Será importante:
- Levar a passear em
locais públicos (lojas, jardim, praia, campo, casa dos amigos), conversando sobre
estas experiências.
- Ajudar a
desenvolver ao máximo as possibilidades presentes e estimular a atingir a etapa
seguinte, embora saibamos que neste caso os progressos são muito lentos.
Qualquer progresso, por menor que seja, permite manter a esperança de que há
uma sucessão de passos a dar.
Webgrafia:
https://www.colegioosilustres.pt/single-post/2016/04/23/paralisia-cerebral-o-que-%C3%A9-e-como-lidar-com-a-doen%C3%A7a
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