O que são consumos de performance?
Os consumos de
performance consistem na utilização de fármacos e/ou produtos naturais para
finalidades de manutenção ou melhoria do desempenho pessoal no plano
cognitivo/mental e/ou físico/corporal.
São um fenómeno emergente e com crescente visibilidade social
nomeadamente junto da população mais jovem, uma vez que podem constituir-se
como referências dentro da cultura juvenil para atingir determinado nível,
patamar ou performance.
O consumo de
vários produtos terapêuticos para finalidades de melhoria de desempenho nos
jovens, e particularmente nos estudantes, está na base de uma crescente atenção pública, mas também
de um interesse científico que leva a colocar esta problemática como um possível problema de saúde pública.
Os consumos de performance podem ser divididos em dois grandes grupos, tendo em conta o efeito esperado, como indicado abaixo:
O consumo cujo
objetivo é a melhoria do desempenho neurocognitivo está mais disseminado nas
escolas e universidades (uso de
tranquilizantes, uso de medicamentos
para a concentração e memória, entre outros).
O consumo cujo
objetivo é a melhoria do desempenho físico-corporal está associados aos
ginásios (uso de produtos naturais
para aumentar a massa muscular ou
para emagrecer).
Jovens
portugueses são dos que mais consomem tranquilizantes e sedativos entre os
europeus (Jornal Público,
20-09-2016.)
Os jovens portugueses apresentam padrões muito
elevados de consumo de tranquilizantes e sedativos com receita médica.
Adolescentes: muitos tranquilizantes, mas menos drogas, tabaco e álcool. (TSF, 20-09-2016.)
Estudo
europeu revela sinais positivos entre os adolescentes portugueses no uso de
substâncias viciantes.
Sinal negativo, contudo, para
o consumo de medicamentos tranquilizantes e/ou sedativos com receita médica.
Portugal tem, a este nível, a segunda taxa mais alta da Europa, com 13%.
O que são Tranquilizantes?
São substâncias capazes que diminuir a ansiedade, o stress e a tensão. Também são usados no tratamento da insónia.
O que são Nootrópicos?
São substâncias
com ação cerebral, capazes de aumentar o foco, a atenção, a memória e o
raciocínio. Também são conhecidos como “smart drugs” ou drogas de inteligência.
A ação dos nootrópicos tem como alvo principal os neurotransmissores cerebrais que atuam como mensageiros químicos, transportando, estimulando e equilibrando os sinais entre neurónios, células nervosas e outras células do corpo.
O foco de
atuação dos nootrópicos está em transmissores
ligados à concentração, cognição
e memória, como a acetilcolina, a
dopamina e a noradrenalina.
16.75% dos jovens já tomaram tranquilizantes com receita médica e 4.9% tomaram sem receita médica?
11.8% já experimentou nootrópicos
com prescrição médica e 1.2% já
experimentou sem prescrição médica?
11.4% dos jovens que tomaram tranquilizantes com receita médica eram raparigas e 6.5% rapazes?
5.7% dos jovens que experimentaram tranquilizantes sem receita médica ao longo da vida eram raparigas e 4% rapazes?
A perceção que os jovens têm
sobre o risco dos consumos de performance
A Perceção do risco face a diferentes
substâncias relaciona-se com a natureza
dos produtos ou a finalidade do
consumo.
Os produtos naturais são encarados, geralmente, com menor risco do que fármacos.
Quando se fala do consumo para o desempenho físico-corporal os produtos naturais para aumentar a massa muscular e para emagrecer são os considerados de maior risco, apesar de serem produtos naturais.
menor risco ao uso de fármacos para a concentração, mesmo não sendo naturais.
Efeitos secundários negativos do uso de drogas de performance:
Para terminar estes efeitos
negativos os jovens param de consumir.
Bibliografia:
ECATD-CAD/2019. Lavado, E.,
Calado, V., Feijão F. (2019). Estudo
Essencia Pharma. (2019). Nootrópicos: o que são e como atuam as
drogas da inteligência. Obtido de https://essentia.com.br/conteudos/nootropicos-drogas-da-inteligencia/
Guedes, N. (2016). Adolescentes: muitos tranquilizantes, mas
menos drogas, tabaco e álcool. Obitido de: https://www.tsf.pt/sociedade/adolescentes-menos-drogas-tabaco-e- alcool-mas-muitos-tranquilizantes-5399191.html
Faria, N. (2016). Jovens Portugueses são dos que mais consomem
tranquilizantes e sedativos entre os europeus. https://www.publico.pt/2016/09/20/sociedade/noticia/jovens-portugueses-sao-dos-mais-consomem-tranquilizantes-e-sedativos-entre-os-europeus-1744626
Lavado, E., Calado, V., Feijão, F. (2020). Estudo sobre o consumo de álcool, tabaco, droga e outros comportamentos aditivos e dependências 2019. Obtido de https://www.sicad.pt/PT/EstatisticaInvestigacao/EstudosConcluidos/Paginas/detalhe.aspx?itemId=207&lista=SICAD_ESTUDOS&bkUrl=/BK/EstatisticaInvestigacao/EstudosConcluidos
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