quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Paralisia Cerebral - Inclusão Mercado Trabalho


 As pessoas que têm paralisia cerebral apresentam algumas carências ou incapacidades em determinadas áreas, que variam de pessoas para pessoas!

Assiste-se cada vez mais na atualidade a pessoas com este tipo de doenças (diagnosticadas aquando bebés/crianças) que possuem cargos de responsabilidade, liderança de equipas tal e qual como outro qualquer profissional que não tenha uma deficiência. No entanto, apesar desta evolução no que diz respeito à integração e desmistificação da paralisia cerebral no mundo de trabalho, ainda existe muito caminho para percorrer.

O único fator que deveria ser distintivo entre estas pessoas e outras sem doença deveria ser somente o currículo, o que ainda não acontece.

Abílio Saraiva Cunha e Jhamak Ghimire são dois exemplos de pessoas que possuem cargos de chefia, lideram equipas, sendo um exemplo para toda a população.  Como referido anteriormente, existe um grande percurso para fazer na divulgação e aceitação das deficiências, neste caso, da paralisia cerebral.

Deste modo, antes de tecer ou criar algum juízo de valor devemos conhecer este tipo de pessoas, por forma a encararmos de perto quais as limitações que possuem e quais as mais valias. Só lidando de perto com determinada situação é que deveríamos opinar sobre esta, o que não acontece na maior parte dos casos.  Cabe-nos também a nós informarmo-nos acerca da origem deste tipo de patologia, (acerca do que ela consiste), por forma a diminuir as opiniões menos corretas.

Como seres humanos, devemos ser sempre um fator de mudança. Se consideramos que determinado assunto é desconhecido e de alguma forma isso afeta ou pode afetar as pessoas que nos rodeiam, devemos capacitar-nos para alterar essa realidade.

A discriminação acontece sobretudo por falta de conhecimento em determinada área. Quanto menos informados formos, mais mitos e dúvidas surgem e, consequentemente mais estigmas e discriminação. Temos tendência a achar que o correto é somente aquilo que se assemelha a nós e isso não é verdade! A diferença existe e devemos aprender a conviver com ela, criando fatores de equidade que nos permitam que face a determinada situação estejamos no mesmo pé de igualdade.

Este caminho de divulgação e desmistificação das diferenças é complementado pelos projetos levados a cabo por organizações que trabalham nesse sentido. Por exemplo, a FAPPC considera que é bastante importante sensibilizar as pessoas, sobretudo as que não possuem qualquer tipo de deficiência. Outro dos principais objetivos destas associações, no caso desta em particular, passa por capacitar as crianças/jovens portadores de paralisia cerebral para que no futuro se tornem autônomos e sigam a carreira profissional que desejarem.

Esta capacitação por parte das associações consiste em fazer workshops interativos, dar-lhes a possibilidade de estar regularmente com terapeutas ocupacionais, ou outros profissionais, que os estimulem nas suas capacidades cognitivas e motoras através de jogos, por vezes dar-lhes acesso a terapeutas da fala quando é necessário, entre muitos outros. A estimulação precoce das capacidades destas crianças conduz a que, no futuro, estejam mais preparadas para se assemelhar a uma pessoa que não é portadora de qualquer tipo de deficiência, conseguindo desta forma integrar-se mais facilmente na sociedade

Existem para além das associações, outros locais que se destinam à ajuda/esclarecimento de dúvidas face ao acesso ao emprego por parte destas pessoas numa fase posterior da sua vida, como é o caso do documento em anexo que é de consulta fácil e explicativa.

Este tipo de realidade estende-se não só às pessoas que são portadoras de Paralisia Cerebral, mas de qualquer tipo de deficiência.

O ganho está na aposta precoce da estimulação das capacidades para que, futuramente, seja mais fácil integrar-se, reinventar-se e integrar-se no mundo que as rodeia sem qualquer tipo de problema.

Artigo elaborado por: Vanessa Baptista 
Aluna do 4ºano Licenciatura Enfermagem - Escola Superior de Saúde de Viseu
UCC Grei Águeda


Bibliografia: 

https://eco.sapo.pt/especiais/alguem-que-lhes-diga-empregadores-a-deficiencia-nao-e-um-bicho-de-sete-cabecas/

https://www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=%3D%3DBAAAAB%2BLCAAAAAAABACzMDW0AAAFlyTYBAAAAA%3D%3D

 

 


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