A adolescência é uma fase repleta de
desafios. Trata-se de um período de transição onde o jovem está perto de se
tornar um adulto, havendo consequentemente um aumento de responsabilidades.
Estas transições revelam-se gradualmente e são de natureza biológica,
cognitiva, social e emocional.
Os problemas que surgem nesta etapa, são desenvolvidos
pela adaptação do adolescente aos novos desafios, como à adaptação às
transformações do corpo, conquista de autonomia, construção de novas relações
interpessoais, progressão académica, pertença a um grupo de pares, de se sentir
útil para os outros e de se sentir valorizado perante a sociedade.
Se para os adolescentes sem deficiência ou
limitações de participação, a adolescência é uma fase complicada, então para as
adolescentes alterações motoras esta fase pode ser muito problemática.
Todos passamos por momentos difíceis, no
entanto, o que diferencia uma pessoa da outra é como esta responde às situações
aversivas e quais as estratégias que utiliza.
A Paralisia Cerebral decorre de lesões ao nível do cérebro e do sistema nervoso, ocorridas antes do nascimento, durante o parto ou pouco após o nascimento.
As consequências
da Paralisia Cerebral podem tomar a forma de:
- Descoordenação de Movimentos;
- Dificuldades de Aprendizagem;
- Limitação de Movimentos;
- Dificuldades Auditivas;
-
Dificuldades Visuais;
- Espasmos Musculares;
- Flacidez Muscular;
- Rigidez Muscular;
- Epilepsia;
- Fraqueza.
Os jovens com Paralisia Cerebral
são por vezes discriminados pela sociedade, podendo adquirir problemas
psicológicos causados pela frustração da sua deficiência. Apesar disto, nem
sempre a arquitetura está a favor destes jovens, o que dificulta as deslocações,
aumentando ainda mais a frustração sentida.
Apesar destes obstáculos,
visualizamos jovens com paralisia cerebral, que encontram estratégia e usam as
suas potencialidades para as mais diversificadas atividades.
A
nível psicomotor possibilita a melhoria do controlo postural, na coordenação
motora, no equilíbrio, no conhecimento do corpo e das suas reais
potencialidades. Por outro lado, são notórias alterações físicas, tais como,
aumento da força, da resistência, da velocidade e da flexibilidade.
António
Marques – Atleta Paralímpico
Nasceu em 1963, em Penacova,
distrito de Coimbra.
Entrou para a Associação de
Paralisia Cerebral de Coimbra com 14 anos e aqui iniciou a prática de desporto.
O seu passatempo preferido é ouvir rádio, sobretudo música popular portuguesa.
Praticou Boccia
e Atletismo e desde cedo destacou-se
pelos bons resultados nas duas modalidades. Em atletismo foi recordista mundial
da modalidade de lançamento em altura. Em relação ao Boccia,
participa em competições internacionais desde 1986, tendo-se classificado em
2.º lugar no Campeonato do Mundo. Participou em competições internacionais,
incluindo nos jogos Paralímpicos, até 2011. Foi muitas vezes escolhido para
capitão nas competições de equipas.
Elaborado por:
Ana Martins, aluna do 4º ano do Curso de Licenciatura de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Viseu, com a colaboração e orientação dos enfermeiros da UCC Grei Águeda.
Web Bibliografia
https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/3788
https://www.appc.pt/desporadapta.HTML http://pcand.pt/quem-somos
http://www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=471
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