A discriminação étnica, racial,
de género … é uma forma de maus tratos. É considerada violência psicológica se
for praticada intencionalmente através de insultos, desprezo, humilhações,
ameaças....
Aos 5 anos, as crianças podem já olhar
para determinadas pessoas de forma mais desfavorável, devido às influências do
contexto onde estão inseridas. Evitar o assunto não protege as crianças, deixando-as
expostas aos preconceitos. É fundamental, desde cedo, conversar com elas sobre
diversidade e igualdade, usando uma linguagem adequada à idade.
Se a criança quiser saber
porque existem pessoas com características (físicas ou outras) diferentes das
suas (ex: cor da pele, tipo de cabelo ou roupa…), aproveite para reconhecer que
as pessoas são diferentes, mas também para realçar o que há em comum. Explique-lhe
que é normal ser diferente e mostre-se sempre disponível para responder a todas
as suas curiosidades, evitando calá-la para que não sinta que é um assunto
tabu. Explore o que ela pensa sobre a diferença, até que entenda que não é
correto fazer julgamentos, que isso é injusto e que devemos combater a
discriminação. Se, pelo contrário, ela
tiver sido vítima de algum tipo de preconceito, encoraje-a a conversar e
valorize positivamente o aspeto que tenha sido depreciado.
Pais e mães são os principais
modelos para as crianças. O que elas veem
os pais fazer é mais importante do que elas ouvem os pais dizer. Revejam os
vossos próprios preconceitos e aproveitem todas as oportunidades para
demonstrarem gentileza, empatia e defenderem o direito de cada pessoa a ser
tratada com dignidade e respeito!
“O racismo estrutural e a discriminação colocam crianças e adolescentes
em risco de privação e exclusão que podem durar a vida toda. Isso prejudica-nos
a todos. Proteger os direitos de cada criança – seja ela quem for, venha de
onde vier – é o caminho mais seguro para construir um mundo mais pacífico,
próspero e justo para todos”. (Catherine Russell, UNICEF)