quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Eu e o meu dinheiro...Como poupar?



Apesar da juventude ser o momento mais propício para se pensar no futuro, muitas vezes não é isso que acontece. Muitos não têm qualquer experiência em lidar com o dinheiro e ainda têm que conviver com as tentações de consumir produtos!


É importante estarem informados sobre as escolhas que podem fazer, as alternativas para a poupança ou sobre a aquisição de bens em função dos recursos existentes.

"Crianças e jovens que recebem educação financeira tomam decisões mais adequadas na gestão dos recursos económicos e conseguem identificar mais facilmente "o que é essencial do que é supérfluo", indica um estudo da Universidade do Porto.

O projeto "No Poupar Está o Ganho!", iniciado em 2010 pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, sediada no Porto, leva anualmente a literacia financeira a crianças e jovens do primeiro, segundo e terceiro ciclos do Ensino Básico e Secundário, com grande incidência na região do Porto e Norte.


De acordo com o coordenador do estudo, "a educação financeira torna os jovens "mais capazes" de identificar e tomar decisões adequadas, em diferentes dilemas presentes na gestão quotidiana dos recursos financeiros, como, por exemplo, "abdicar da aquisição de um bem porque este é mais desejado do que é necessário ou é de duração efémera".


A
Literacia Financeira é a capacidade de fazer julgamentos informados e tomar decisões efetivas, tendo em vista a gestão do dinheiro. Permite assim, consumir de forma consciente e saudável, bem como alcançar os objetivos no futuro. Incentiva ainda a pensar sobre poupanças.


Qual a importância da educação financeira?


A independência financeira e o conforto económico são requisitos essenciais para uma vida equilibrada, agradável e produtiva.


Quanto mais cedo souberes lidar com as tuas finanças, há mais possibilidade de garantires um futuro melhor.

Além disso, não é apenas daqui a vinte ou trinta anos que os benefícios de uma vida financeira saudável se apresentam: se controlares o que gastas e organizares as finanças, vês rápidos resultados no que respeita à tranquilidade e segurança para levar uma rotina confortável e longe das preocupações que as dívidas trazem.


Sendo assim, podes perguntar-te: 

- Como andam as minhas finanças? 
- Como é o meu estilo de consumo? 
- Sei fazer a distinção entre o que é essencial para a vida e o que é supérfluo?

As dicas abaixo são instruções simples e vão permitir que organizes a tua vida financeira:

1. Planeia os teus gastos

Que tal fazeres planos para o teu dinheiro a partir de agora? Descobrir para onde ele vai e definir objetivos? Quando fazes planos, o teu dinheiro é usado de forma consciente e evita que ele seja desperdiçado. 
Por exemplo: se tens como meta comprar um computador/tablet, analisa quanto é possível guardar por mês, para que em determinado tempo seja possível realizares a compra. Não te esqueças de separar a quantia necessária no início de cada mês/semana.

2. Cria o hábito de poupar

Aprender a poupar é uma questão de hábito. Quanto mais cedo começares, melhor para o futuro. Separa semanalmente/mensalmente uma quantia para a poupança, assim que receberes a "mesada" que os teus pais te dão. Aproveita também para guardar "aquele dinheiro" que te dão nos aniversários e outras épocas festivas.

Assim, diminuis a tentação de gastar mais do que deves!


3. Equilibra o poupar e o gastar 

O planeamento financeiro é representado por uma balança, pois representa sempre o equilíbrio: entre poupar e gastar, entre presente e futuro. Guardar dinheiro é importante sim, mas deve ser feito com moderação. 


Nada de passar a vida a acumular, sem aproveitar nada! É preciso aprender que é importantíssimo poupar dinheiro para o futuro, para se poder atingir objetivos!


4. Faz uma poupança

Depois de planeares os gastos, que tal pedires aos teus pais para te abrir uma conta poupança? Cria o hábito de poupar não apenas para atingir os teus objetivos, mas para criar uma reserva nos momentos de crise ou quando houver imprevistos. 
Não esperes que sobre dinheiro no final do mês para começar a poupar ou colocar de lado. É preciso que isso faça parte da tua rotina no início de cada mês/semana.

Pensa na quantia mensal/semanal que será destinada à poupança e controla-te!

5. Não gastes mais do que ganhas/recebes

Essa dica pode parecer óbvia, mas nem toda a gente segue! Isso deve-se basicamente a um hábito muito comum: gastar mais do que ganha.
Por exemplo: se vais sair no fim de semana, estipula um valor máximo para gastar.

Vive e gasta de acordo com o teu nível de vida!

6. Corta as despesas supérfluas (desnecessárias)

Esse é um problema que leva muitos a gastar mais. Comprar por impulso é um hábito e deve ser modificado com urgência! Sabemos que não é fácil mudar hábitos, mas com determinação tudo é possível. 
Começa em casa - evita o desperdício de energia, de água, e os itens supérfluos na lista do supermercado

Comparar preços também é um conselho. Hoje em dia é muito fácil comparar os preços dos produtos, principalmente porque hoje temos a internet para nos ajudar. Sempre antes de comprares algum produto, verifica o preço dele em várias lojas. Pode parecer pouco, mas conseguires economizar de 10 a 20% nas compras que fazes, algo que não é nada impossível, terás de 10 a 20% a mais no final do ano.
Faz uma lista dos produtos que queres, que tens a certeza que precisas - mas não compres de imediato - daqui a um mês volta a olhar para a lista e vais notar provavelmente de que aquela compra seria supérflua, porque realmente não faz falta!

O grande objetivo aqui é aprender a consumir de forma consciente, planeada e ainda economizar para atingires os teus objetivos (comprar o tal computador/tablet).


7. Aproveita a tecnologia

Já que vivemos na era da tecnologia, por que não aproveitar? Existem aplicativos e ferramentas online que vão facilitar – e muito! – a tua vida. 


8. Utiliza os meios de pagamento mais adequados

Existem diversas formas de pagamento (dinheiro, cartão de crédito, cartão de débito, talão de cheques, transferência bancária,...). Deves saber quando e como utilizar cada uma delas, aproveitando as vantagens oferecidas em cada situação.

Se não souberes, informa-te junto de um adulto (pais, família) ou numa instituição bancária!

É fundamental teres a vida financeira em ordem, embora ainda te pareça muito cedo para isso. Só assim poderás controlar melhor o uso de dinheiro e fazer planos para ele!

Poderás aprender muito com os teus pais - pede-lhes para eles te ensinarem ou te falarem da sua relação com o dinheiro e analisa se tens sido coerente entre o que falas e o que fazes!

POUPAR!

3 PERGUNTAS: "EU TENHO?EU PRECISO? TEM DE SER AGORA?"
Bibliografia:
https://financaspessoais.organizze.com.br/veja-6-dicas-valiosas-de-educacao-financeir...
http://www.facm.pt/facm/facm/pt/servico-educacao/educacao-financeira


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Avós: Fontes de Experiência e Sabedoria

Os sucessivos estados de emergência, as regras do confinamento e do distanciamento social, serviram também para nos fazer lembrar acerca da importância da família e principalmente dos nossos avós, que para os mantermos protegidos, tivemos que nos manter distantes, abdicando da sua presença, dos seus abraços e beijos.

Neste sentido devemos aproveitar cada momento que passamos com eles, beneficiando de todas as oportunidades e ensinamentos que eles têm, fruto da sua experiência e sabedoria, adquirida ao longo dos anos.

Contudo, nem sempre é fácil comunicar com os avós, não se encontram as palavras certas, nem assunto de interesse comum, devido à diferença de idades e também de ideias. Isto pode criar uma barreira na comunicação com os avós. Deixamos 5 dicas para ultrapassar essa dificuldade.

Dica 1: Respeito

É importante, essencial e obrigatório respeitar todas as pessoas, mas em especial o respeito pelos nossos avós, não deve ser nunca quebrado. Relembrar que sem os avós a nossa existência jamais aconteceria. Devemos ouvir sempre o que nos têm a dizer. Afinal, já viveram muitos anos, em muitos casos o triplo do tempo em relação a nós, e são fonte de sabedoria em muitos assuntos, principalmente no que se refere ao assunto “Vida”.


Dica 2: Qualidade/Quantidade

O tempo que passamos com os avós, devem ser momentos de qualidade. Escuta ativa, sermos gentis, pacientes e ajudar no que for necessário, são excelentes formas de tirar o máximo de proveito com o tempo que passamos com os nossos avós.


Dica 3: Falar acerca da vida e com clareza

Falar de forma pausada e não usar a linguagem que se utiliza com os amigos, pois os avós poderão não entender e estar preparado para repetir algumas das palavras. Olhar diretamente nos olhos ajuda a manter a interação e falar acerca dos nossos sonhos, ambições enfim da nossa vida. Com certeza poderão dar-nos ótimos conselhos.


Dica 4: Fazer apontamentos

As histórias que ouvimos na nossa infância encontram-se gravadas nas suas memórias, memórias essas que infelizmente um dia não teremos mais acesso. Por isso, devemos manter um diário das conversas que temos com os nossos avós, com todos os conselhos e ensinamentos transmitidos.


Dica 5: Amar… acima de tudo

Tudo o que fazemos deve ser feito por amor e deve gerar amor. E quando se cuida, ama-se. Estarmos presentes na vida dos nossos avós é uma das maiores fontes de dar e receber amor. Realizarmos atividades em conjunto, termos paciência para ouvir as suas histórias, ler-lhes um livro, dar um passeio higiénico, são alguns exemplos de momentos únicos e especiais que podemos e devemos ter com os nossos avós.

Não há maior tesouro que convivermos com quem nos ama e com quem amamos.  A verdadeira riqueza está nas pessoas que temos na nossa vida. O isolamento social ensinou-nos isso mesmo. Devemos aproveitar cada oportunidade para passarmos tempo com os nossos e isso deve ser uma prioridade.

 

Artigo elaborado por Enf.ª Rosa Seabra - Enf.ª Especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária


Webgrafia

https://miudosegraudos.pt/avos-fontes-experiencia-sabedoria/




 

Síndrome de Down...como ser amigo?


Supomos que deves ter algum parente ou amigo/colega na escola com Síndrome de Down. Não sabemos como encaras isto, mas consideramos que fazer amizade ou já ser amigo de alguém com qualquer tipo de deficiência é muito bom para ambos!!

Terás a oportunidade de saber lidar com a diversidade e ser uma pessoa melhor!!

Para tal, vamos ajudar-te a entender melhor algumas coisas que poderão não estar muito bem claras para ti, de forma a puderes mais facilmente te relacionar.

Assim...precisas de perceber que:


Não são doentes
– têm apenas um cromossoma a mais no par 21 (ao invés de nascer com duas cópias do cromossomo 21, nasce com 3 cópias, ou seja, um cromossomo número 21 a mais em todas as células).

É uma ocorrência genética e não uma doença !!

 Têm síndrome de Down, não são portadores de Síndrome de Down - uma pessoa pode “portar/transportar” (carregar ou trazer) uma carteira, um guarda-chuva ou até um vírus, mas não pode portar uma deficiência.

A deficiência é uma característica inerente a pessoa, não é algo que se pode deixar em casa !!

Assim, o termo “portador” tanto para síndrome de Down como para outras deficiências caiu em desuso; o mais correto é dizer que a pessoa tem deficiência.

Não estão alegres o tempo todo, nem precisam de abraços constantes, nem ficam
agressivos por qualquer coisa - assim como todas as pessoas, têm a sua própria personalidade.
 

Muitos não gostam de serem chamados de “especiais” –a única coisa que pretendem  é uma sociedade sem preconceitos, que as integre e reconheça como iguais.

 Eles têm capacidades, como qualquer outra pessoa sem deficiência – a sua deficiência não a impede de realizar sonhos e desenvolver as próprias capacidades, desde que estimuladas corretamente durante o seu crescimento.


Não devem ser tratados como coitadinhos -
ter uma deficiência é viver com algumas limitações. Pessoas com síndrome de Down divertem-se, estudam, passeiam, trabalham, namoram e tornam-se adultos, como todas as restantes pessoas.

Nascer com uma deficiência não é uma tragédia, nem uma desgraça, é apenas uma das características da pessoa !!

Não são todos iguais - apesar de terem algumas semelhanças entre si (olhos arredondados, baixo tônus muscular e deficiência intelectual) não são todos iguais. Como tal, não devemos mencioná-los como um grupo único e uniforme.

Têm direito constitucional à inclusão e à cidadania – a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada no Brasil em 2008 como norma constitucional: cabe ao Estado e à sociedade arranjar formas de garantir os direitos de todas as pessoas com deficiência em igualdade de condições com os demais.



 Depois de te ajudarmos a desmistificar certas ideias que poderias ter, como podes lidar com o teu parente, amigo/colega de escola com Síndrome de Down?

Se depois de leres isto ou se já és amigo de alguém com Síndrome de Down, é porque já percebeste que ... NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM, e isso é o melhor de tudo – todos os teus amigos são diferentes, seja na cor, no tamanho, na aparência ou no comportamento

 

Bibliografia:

https://diversa.org.br/sindrome-de-down-escola-dicas-praticas-inclusao/

https://www.iped.com.br/materias/educacao-e-pedagogia/como-lidar-criancas-sindrome-down.html

https://memoria.ebc.com.br/infantil/ja-sou-grande/2013/03/como-agir-com-uma-crianca-que-tem-sindrome-de-down